quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 8 (Parte III) - O Trato

A escuridão era avassaladora e os heróis seguíam permeados pela fraca luz azulada do cajado de Yurick, o mago. As ruínas antigas da necrópole exalavam um cheiro antigo, forte e amedrontador, como se todos aqueles cadáveres fossem levantar-se a qualquer instante para atacá-los.
Não demorou muito para que ele surgisse em meio às trevas. Apenas o som de suas poderosas asas era suficiente para instaurar o pânico nos aventureiros mais experientes. Os heróis se prepararam para o combate mas foi Venorik quem foi à frente, tentando encontrar o inimigo sems er visto.
Porém, mesmo com toda sua habilidade, o drow não percebeu a armadilha mágica deixada ali pelos seres nefastos da necrópole. Um círculo de luz verde se formou aos pés do ladino e em instantes, seu corpo brilhava da mesma forma. Desesperado, o drow olhou em direção aos seus companheiros e então caiu, suando frio. Estava envenenado.

Yurick tentou aproximar-se enquanto Kristryd e Kayron se posicionavam, esperando um ataque. Arathon foi junto com o mago e Zanne preparou seu arco. Nevasca, o pequeno pseudodragão albino, empoleirou-se sobre o enorme portal de Deathlock, escondendo-se.

Foi então que os mortos-vivos atacaram, saindo das sombras. Rapidamente, o grupo espalhou-se desorganizadamente. Yurick e Arathon estavam mais próximos de Venorik e foram atacados primeiro. Então, uma enorme nuvem de trevas apareceu à sua frente. O dragão negro, usando sua magia, havia criado um véu de negrume e estava agora perto dos heróis.
Em vão, Yurick lançou magias contra as trevas, esperando acertar algo além do ar. O resto do grupo, concentrava-se em repelir os mortos-vivos e Venorik, o drow, jazia incosciente a um passo da morte.

Foi uma batalha longa e cansativa. Os heróis esgotaram suas magias e munição e somente os mortos-vivos foram derrotados rapidamente. O dragão continuava de pé, envolto em trevas, atacando-os. Mesmo quando Nevasca agarrou-se às costas do monstro para chamar sua atenção enquanto Kristryd atacava furiosamente, o dragão permanecia de pé.

Então, subitamente, o monstro gargalhou e alçou vôo. Pousou a uma boa distância dos heróis e disse: "Sabem que podemos continuar por horas, dias talvez. Sugiro uma trégua. Vamos conversar."
Arathon rugiu e chamou a criatura de covarde. O dragão pareceu sorrir e então se preparou para atacar novamente mas Kayron interveio.
"Se quer conversar, dragão, então fale comigo! Em nome de Pelor!"

O monstro apontou o alto da escadaria onde ficava o altar mágico e voou até lá. Kayron pediu aos demais que esperassem e caminhou confiante em direção ao dragão.
Durante alguns minutos, a criatura falou com o clérigo e explicou que eles tinahm um inimigo em comum: a dragonesa vermelha chamada Deathlock. Ele disse que poderia ajudar os aventureiros a derrotá-la mas que precisava de proteção contra ela.
Portanto, um acordo foi feito e o dragão negro usou seus poderes mágicos para assumir forma humana. "Agora..."disse ele "vocês me levam até a superfície em segurança..."

O grupo partiu, escoltando a estranha criatura. O longo caminho de volta estaria repleto de mortos-vivos e eles sabiam que o dragão nada faria para ajudá-los. Arathon jurou em silêncio que vigiaria o dragão negro o tempo todo e que, no momento certo, a vingança dos dragonborns recairía sobre o monstro.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Notícias: Dia D RPG 2009 - Resumo da Ópera

Antes de começar, gostaria de explicar que esse balanço é uma opinião particular de UM dos membros do Grupo D30, mas muitas coisas vão ao encontro das impressões do resto do pessoal. Eu particularmente achei os dois dias excelentes, tanto de público quanto na participação das atrações e qualidade de jogos.

Desde o ano passado quando aconteceu o segundo Dia D em Brasília e que também marcou a criação do Grupo D30, muitos obstáculos foram enfrentados e superados por nós. Tivemos idéias fantásticas para movimentar mais o cenário de RPG da capital, com os encontros RPG Itinerante que agregou muita gente legal e nos deu experiência para montar esse Dia D. Esses pequenos encontros ajudaram a nos colocar como referência por aqui e ter grupos de jogadores e mestres sempre presentes auxiliando de todas as formas possíveis nos eventos. E nesse Dia D não foi diferente!

Enfrentamos críticas descabidas através da internet antes mesmo de explicarmos como seria o evento. Mas isso não abalou o ânimo do pessoal e mesmo sem patrocínio financeiro ou logístico fomos em frente e conseguimos um ótimo local pra o encontro. O Espaço Cultural Renato Russo tem a melhor infraestrutura que jogadores de RPG podem querer, com espaços amplos, banheiros limpos, bebedouro funcionando, fácil acesso para qualquer pessoa (com direito a ponto de ônibus quase em frente, metrô bem pertinho e estacionamento para quem foi de carro) e acessibilidade para deficientes. Claro que nem tudo é perfeito, pois no contrato que assinamos, ficava explícita a proibição de realizar vendas de qualquer tipo no local, inclusive lanches e materiais para jogos.

Além disso, o espaço que conseguimos alugar (sim, mesmo sem patrocínio nós bancamos do próprio bolso o aluguel do espaço e das mesas com cadeiras) foi perfeito para palestras e os jogos. E por falar nas atrações, conseguimos manter atividades em 100% do tempo, ou seja, quem entrava podia conferir a programação que estava pregada na portaria e se manter ocupado durante os dois dias, fosse com palestras, oficinas ou jogos.

As oficinas eram palestras que explicavam um jogo ou uma temática e que propunha ao seu final, uma partida como forma de praticar. Nesse quesito tivemos no primeiro dia as oficinas de Castelo Falkenstein e tecnologia steampunk, e o jogo Pendragon. Ambas mesas de jogo tiveram muitos participantes, que passavam de seis jogadores em cada. No segundo dia houve Mutantes e Malfeitores que quebrou todos os recordes de público com mais de dez jogadores na mesma mesa.

Vale lembrar que marcamos oficinas e palestras em horário seqüenciais para que todos pudessem participar de tudo ou jogar nas mesas que estavam rolando no salão principal. Em relação às palestras, tivemos no primeiro dia as seguintes: Jogos de tabuleiros, como aproveitar ganchos para aventuras e, também, RPG e educação. Já no domingo houve, palestra sobre ambientação em jogos de terror e inclusão de pessoas com deficiência no RPG e ainda tivemos o já tradicional Quizz Nerd. É importante ressaltar que em nenhum dos dias as palestras foram vazias ou sem participação, pois os participantes estavam sempre animados com os temas.

Em relação aos jogos de RPG tivemos uma grande variedade de sistemas e mesas que animaram a galera nos dois dias. Mas não foi só isso, rolou também mesas com jogos de tabuleiros e batalhas de miniaturas de Star Wars. Isso porque no domingo foi realizado o D&D Game Day, com mesas cheias e lugares disputados. Isso porque infelizmente nem todos os jogadores que se cadastraram para participar, compareceram ao local. Mas de certa forma isso foi bom, pois abriu vagas para pessoas que estavam no local.

Registramos uma média de 140 participantes durante o sábado e cerca de 90 no domingo. O que para nós foi impressionante dada a pouca divulgação da qual tínhamos disponibilidade. E melhor ainda, pois a entrada era um quilo de alimento que foi doado para a instituição de caridade Nosso Lar. Na semana seguinte ao evento, o Grupo D30 foi ao local para realizar a doação e tiramos várias fotos que serão disponibilizadas para vocês. Mas o que isso quer dizer? Simples, nós conseguimos arrecadar mais de 230kg de alimentos para crianças carentes! Além disso, houve uma grande doação de material escolar de uma pessoa que ouviu falar do evento na rádio.

Ao final do segundo dia do encontro, conseguimos realizar um sonho do Grupo D30, que era a mesa redonda de mestres, em que todos debatiam um tema sugerido pelos participantes do evento. Essas sugestões foram escritas e depositadas em uma caixa ao longo dos dois dias de encontro. Foi um ótimo debate em que temas excelentes e alguns muito polêmicos fizeram alegria nos mestres e contou com a participação do pessoal que estava ssistindo.

Bom, como esse texto já está grande demais vou encerrar por aqui com o saldo que temos: o evento foi um sucesso e, pelo menos, quem compareceu gostou e não registrou críticas. Como sei disso? Tínhamos além da caixa de sugestões de temas para a mesa redonda, uma caixa para críticas e quando fomos abrir a caixa no domingo a noite, ela estava vazia. E sim, as caixas estavam lacradas!

Acredito que tudo isso reforça o bom trabalho que o Grupo D30 RPG tem feito na cidade. Um muito obrigado seria pouco para todos que colaboraram com esse evento, mas eu gostaria de deixar aqui, meus sinceros agradecimentos à todos que participaram e ajudaram no encontro. Não vou citar nomes, porque posso deixar uma ou outra pessoa de fora e isso não seria justo.

Janary Damacena - Grupo D30 DF

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Pois é, acredito que as palavras do Janary resumem bem o que foi o evento: um grande encontro de amantes de jogos com atrações diversas e num espaço excelente.

Seguem mais algumas fotos:











quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Homenagem às "Lendas da Costa da Espada"

Muitos anos atrás, um grupo de amigos reuniu-se por diversas ocasiões ao redor de uma mesa de D&D 3.5 para jogar uma campanha de Forgotten Realms. Era o ano de 2003 e o grupo era enorme, fora do atual padrão de 5 jogadores e 1 mestre.

Tive o prazer de mestrar essa campanha onde pessoas queridas se divertiram, brigaram, rolaram d20's e beberam coca-cola. Foram quase dois anos ao todo. Uma longa campanha onde no fim, apenas 5 dos personagens do grupo inicial chegaram ao fim da empreitada. Resolvi postar aqui os primeiros desenhos que fiz dos personagens como uma forma de homenagear os participantes dessa história e de relembrar uma época bacana, quando eu desenhava quase todo o tempo.

As Lendas da Costa da Espada foram um grupo de heróis totalmente diferentes uns dos outros que, ao longo de anos de aventuras se tornaram famosos desde Amn, no sul, até Águas Profundas, no norte. Eles enfrentaram dragões, hordas de orcs e drows, mortos-vivos, criaturas extra-planares. Destruiram uma enorme cidadela das sombras que quase caiu sobre Portal de Baldur, lutaram contra os magos de Amn para resgatar um de seus membros, enfrentaram demônios e levaram a luz aos fracos e desesperados. Salvaram diversas vezes a aldeia de Beregost, que sob sua proteção tornou-se uma pequena cidade e seus nomes se tornaram uma lenda. Estátuas foram erguidas em Portal de Baldur e Beregost e canções foram feitas para celebrar seus feitos.

Walliam, o paladino de Lathander...
Ilanndra, a guerreira drow renegada...
Eldon, o druida halfling...
Halbrinn, o gnomo mago...
Tessele, a clériga de Lathander...
Lia, a elfa do sol barda...
Faelar, o elfo da lua ranger...
Sadalas, o monge...
Rastlin, o feiticeiro...

Todos eles serão sempre lembrados como as Lendas da Costa da Espada.