sábado, 29 de agosto de 2009

Notícias: Dia D e D&D Gameday 2009

O Grupo D30 DF tem o prazer de convidar toda a comunidade rpgística para o próximo Dia D a ser realizado no Espaço Cultural Renato Russo (508 sul) nos dias 26 e 27 de Setembro. Nos dois dias o evento terá início às 09:00 da manhã, terminando às 18:00 horas.

Teremos um grande evento com diversas atividades, mesas de sistemas variados, palestra sobre o assunto e, no dia 27/09 (domingo) teremos mesas do D&D Gameday - Dungeon Master Guide 2.
Essas mesas serão reservadas apenas para aqueles mestres e jogadores que se inscreverem antecipadamente pelo email: ddgamedaydf@gmail.com

O ingresso para o evento será de 1kg de alimento não perecível. Lembramos que há comércio perto do local, além de um supermercado e não há desculpa para não comprar um 1kg de alimento por uma boa causa.

Queremos fazer desse evento uma bandeira contra essa onda anti-rpg que tem aparecido na mídia há algum tempo. Juntem-se à causa!

-Dúvidas sobre o evento como um todo: encontrorpg@gmail.com
-Dúvidas e inscrições pro D&D Gameday: ddgamedaydf@gmail.com

domingo, 23 de agosto de 2009

Artigos: Você tem dado em casa?

Saudações!!! Hoje vou falar sobre um acessório indispensável para todo jogador de RPG: o dado!!!
Eles são usados em jogos de tabuleiro, cassinos e RPG. Existem há séculos. Mas de que são feitos? Desde quando estão aí servindo como perdição dos homens em jogos de azar? Tentarei responder a essas e outras perguntas neste artigo.

Os primeiros dados eram feitos de ossos de animais que tinham um formato próximo ao tetraedro. Madeira, marfim, osso, metal e pedra foram os materiais dos primeiros dados. Com a invenção do plástico, os jogadores do mundo passaram a deixar os tradicionais dados de lado.

Escavações feitas em cemitérios mostram que provavelmente os primeiros dados têm origam na Ásia. "Jogar dados" é um expressão mencionada em um jogo indiano chamado Rig-veda. Existem alguns indícios de que, de fato, os dados foram inventados na Índia pois em escavações feitas em Kalibangan, Lothal e Ropar naquele país foram encontrados dados com mais de 2000 anos. O mesmo acontece em algumas escavações egípcias. Posteriormente, os dados de osso ganharam valores numéricos, tornando-se mais parecidos com os dados atuais.

Os romanos adoravam jogos e os dados eram um dos passatempos prediletos da época. Jogar dados por dinheiro era o motivo de muitas leis em Roma. Uma delas dizia que um jogador não poderia ser punido caso permitisse o jogo dentro de sua própria casa, mesmo que tivesse sido trapaceado ou roubado (ou fizesse isso com os outros...). Jogadores profissionais de dado eram comuns. Haviam até casas públicas onde os jogadores se reuníam. Muitos afrescos retratam esse passatempo romano.
Durante a Idade-Média, jogar dados se tornou o passatempo preferido dos cavaleiros, existindo até mesmo escolas de jogadores de dados e guildas de jogadores.
Na China, Índia, Japão, Coréia e outros países da Ásia, dados sempre foram utilizados em jogos diversos.

No Museu Britânico existe um par de icosaedros (polígono de 20
lados, o popular D20 de RPG!!!)
provavelmente usado durante o Império Romano. Sim! Desde aquela época já existiam D20's. :)
Em Roma também foram encontrados dados de marfim, osso, madeira, chumbo, cobre e até mesmo ouro, que assim como os dados de vidro estima-se que sejam meramente decorativos já que no caso de "metais moles" como o ouro a deformação do dado seria rápida e no caso do vidro, bem, vocês pegaram a idéia. ;)

Dados de precisão utilizados em cassinos são feitos de acetado de celulose. Estes podem ter um polimento final que os torna translúcidos. O vermelho é a cor mais comum mas existem dados de cassino de cores variadas. Esses dados têm seus números escavados no cubo e preenchidos com tinda do mesmo peso e densidade do acetato, para que os lados fiquem perfeitamente balanceados (ou não...).

Os dados poliédricos (os que usamos em RPG) são geralmente feitos de plástico, às vezes de metal ou madeira. Durante as décadas de 70 e 80 os dados poliédricos eram feitos de um plástico mole que se deformava com o uso. Atualmente eles são feitos com plástico de alto impacto, podendo durar anos sem deformar-se.
No início dos jogos de RPG, a maioria dos dados vinha sem os números pintados e os jogadores se dedicavam a pintar seus próprios números. Alguns dados de 20 lados dessa época vinham numerados de zero a nove duas vezes. Os números tinham que ser pintados com uma cor de maior contraste para evitar confusão.



Não importa se você joga GURPS, Vampiro ou Dungeons & Dragons, você sempre vai se deparar com dados de cores e materiais variados que fazem a alegria dos jogadores e mestres. Existem diversas fábricas de dados mas uma que me chamou bastante a atenção foi a Chessex, que fabrica dados excelentes. Recomendo muito!

Links de alguns fabricantes:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 8 (Parte II) - Deathlock

Horas depois, Gaultak, Kayron, Venorik, Kristryd e Yurick se dirigiam aos esgotos da cidade de Kelt. O eladrin ofereceu sua ajuda e o grupo estava agora pronto para fazer o dito "favor" à guilda de ladrões. Usando o mapa entregue pelos bandidos, o grupo chegou a uma saída de esgoto de onde a água suja e o fedor adentravam o rio. Os aventureiros entraram no tunel baixo e estreito, o que obrigou Gaultak a praticamente rastejar. Logo chegaram a uma grade, onde Venorik encontrou um cadeado que foi facilmente aberto por ele. Agora oes esgotos eram mais amplos mas não menos fétidos. Um rio de água suja corria no centro do túnel, penetrando em seguida numa abertura ao sul, debaixo de uma parede. Os heróis seguiram para o norte. Por mais de meia hora eles caminharam pelos esgotos vendo dejetos, corpos em decomposição e ratos, muitos ratos. Enfim, depois de seguirem o mapa, chegaram a um tunel sem saída onde uma parede havia desmoronado. Aparentemente não havia nada além de escombros mas Gaultak encontrou um mecanismo que abriu uma porta secreta na lateral do tunel.

Um a um os aventureiros penetraram na passagem, saíndo numa sala iluminada por tochas de luz avermelhada. O lugar parecia uma antiga cripta, repleta de estátuas e até mesmo uma fonte quebrada, de onde água suja escorria para o chão. Depois de um tempo, os aventureiros chegaram a uma câmara maior onde as estátuas repousavam. Poeira de muitos anos cobria as figuras e o cheiro de mofo pairava no ar. Então, numa sala adjacente, os heróis viram um grupo de vultos. No centro, um homem se erguía mais alto, sobre um círculo mágico desenhado no chão, que emitia uma fraca luz azulada. Os vultos ao redor do círculo se viraram quando ouviram os aventureiros chegando e seus olhos brilharam vermelhos. Tinham a pele branca, quase cinzenta e suas presas brancas brilhavam à luz das tochas.
Os cinco vampiros atacaram sob o comando de seu líder, o único que usava uma armadura e uma espada. Gaultak foi dominado mentalmente pelo senhor dos vampiros e ficou paralizado, enquanto os demais lutavam contra as criaturas. No meio do combate, mais vampiros apareceram na retaguarda, vindos dos túneis.

Kayron e seus companheiros conseguiram derrotar as criaturas, que fugiram transformando-se em névoa e quando estavam vasculhando a cripta atrás da caixa mágica foram abordados por um grupo de ladrões. O líder deles, um homem com o rosto coberto e adagas nas mãos ordenou que entregassem seus pertences mas Gaultak rugiu e atacou.
A luta foi difícil visto que os bandidos eram bem treinados. Kayron caiu depois que o mago inimigo criou uma área repleta de espinhos feitos de trevas. Yurick conseguiu teleportar o tiefling para longe do perigo e um dos ladrões que estava prestes a decepar a cabeça de Kayron foi teleportado para longe dele. Gaultak, Kristryd e Venorik conseguiram derrotar os demais bandidos.

Depois de alguns minutos recuperando-se do combate, os aventureiros vasculharam o resto da cripta. Numa das salas, Venorik encontrou montes de terra fedorenta e, escavando, encontrou o corpo de um dos vampiros. Ele avisou rapidamente os demais e quando o grupo chegou à sala, dois vampiros estavam de pé, prontos para atacar. No entanto, as criaturas da tumba falaram numa língua antiga e desconhecida e fugiram através da parede em suas formas etéreas.

Os aventureiros vasculharam a sala pequena e de odor forte. Kristryd percebeu que o chão estava coberto de terra de cemitério e Kairon fez um ritual para purificar o local. Nesse instante, enquanto Yurick verificava as paredes junto com Venorik, que permanecia com a aparência de um humano graças ao seu chapéu mágico de disfarce, Kayron ouviu a voz de Zanne, a barda. A voz melodiosa de sua amiga ecoava em sua cabeça mas os demais não pareciam ouví-la. Zanne falou com Kayron através de um ritual mágico e disse que Arathon havia sentido quando Kayron caiu em combate, graças ao anel de amizade que os dois possuíam. Kayron confirmou e explicou a situação. Zanne disse que poderia fazer um ritual para transportar Arathon até eles e poderia ir junto se alguém trocasse de lugar com ela mas para tal, um círculo mágico deveria ser traçado. Yurick se ofereceu prontamente para criar o círculo e começou rapidamente a desenhar os símbolos mágicos no chão.

Gaultak disse que ele iria trocar de lugar com Zanne. Os aventureiros questionaram a decisão do goliath mas este afirmou que seria melhor assim pois ele poderia investigar a guilda de ladrões. No fim do ritual, No lugar onde Gaultak antes estava de pé, apareceram Zanne e Arathon, vindos da cidade de Naivira. Yurick se apresentou aos dois. Depois de Kayron resumir o que havia acontecido até então, o grupo foi até a cripta onde estavam os corpos dos ladrões.

Determinado a encontrar respostas, Kayron invocou o poder de seu deus e realizou um ritual para falar com um dos mortos. Por sugestão de Yurick, o tiefling escolheu o que parecia ser o líder dos bandidos. O cadáver brilhou enquanto Kayron realizava o ritual com a ajuda do mago eladrin e então, de uma forma assustadora, o corpo sem vida falou.
Kayron fez algumas perguntas ao morto e conseguiu descobrir que o grupo de bandidos havia sido enviado para matar os heróis. O mandante seria alguém chamado Deathlock.

Yurick e Zanne pareciam conhecer o nome pois quando o ritual terminou e o cadáver parou de responder às perguntas de Kayron, os dois contaram o que sabiam sobre Deathlock. O eladrin e a humana concordaram que o nome remetia a alguma história antiga sobre uma dragonesa vermelha de grande poder. Deathlock era seu nome.

Os aventureiros não conseguiam entender porque estavam sendo caçados por uma dragonesa vermelha e foram dormir no acampamento improvisado na sala dos vampiros com muitas perguntas na cabeça.

Decidiram seguir as pistas que tinham. O grupo seguiu pelos túneis dos esgotos de Kelt, rumo a necrópole esquecida nos subterrâneos da cidade. Por algumas horas Kayron, Kristryd, Arathon, Venorik, Zanne e Yurick caminharam por túneis escuros, cheios de lodo e fedor. Em outros momentos o caminho era seco e irregular. Na escuridão, a luz mágica conjurada sobre a ponta do cajado de Yurick era a única iluminação do grupo. Venorik ia sempre à frente, como batedor.
Aos poucos, o esgoto da cidade deu lugar a ruínas antigas e passagens naturais. Yurick lembrou-se que séculos atrás, quando Kelt ainda era jovem, houve um desmoronamento que fez com que uma grande torre esmagasse um bairro. Depois, durante uma terrível praga que assolou a cidade, os cadáveres foram arremessados na enorme cratera, na esperança de que a doença não atingisse a cidade acima. Com o passar dos anos, a cratera tornou-se uma necrópole que foi esquecida quando a cidade cresceu e a cratera foi fechada.

_"Esteja preparado para enfrentar mortos-vivos."_ disse Yurick a Kayron com um leve sorriso nos lábios.

Depois de um tempo, os aventureiros seguirem por um tunel natural, sempre descendo. Em algumas ocasiões, um deles pisava em ossos velhos, assustando os demais com o som oco dos restos mortais de pessoas esquecidas na escuridão.
Venorik, que estava muito à frente do grupo, chegou a uma enorme caverna onde ruínas antigas e enormes pilares naturais e esculpidos sustentavam o teto. Adiante, o drow avistou dois vultos conversando e tentou chegar mais perto. Porém, sua pele se arrepiou quando um vulto fantasmagórico surgiu da parede ao seu lado, atravessando seu corpo. A criatura afastou-se e com uma face horripilante e gritou.
Seu uivo maligno e atormentado ecoou pelos salões e Venorik correu de volta até seus companheiros, que pareciam prontos para entrar em combate. Yurick e Kayron reconheceram o som da criatura. Fantasmas eram seres perigosos mas ambos sabiam como lidar com eles.

O grupo avançou pelo túnel até a enorme caverna. Os pilares gigantescos tinham mais de trinta metros de altura. Quando os heróis estavam no que parecia ser uma antiga rua, o fantasma reapareceu à distância mas somente Venorik o viu. Rapidamente, o drow lançou seu fogo negro, que deixou o fantasma brilhando no escuro. Logo, criaturas desmortas surgiram entre as ruínas e os aventureiros entraram em combate na escuridão da necrópole.
A luta foi árdua mas no fim, os heróis de Dassanter estavam de pé. Eles se afastaram dos restos dos monstros e montaram acampamento. Foi então que algo nas trevas se mexeu.
O som de asas enormes ecoou nas sombras. Yurick e Venorik, que descansavam sobre uma grande rocha perceberam a criatura primeiro mas foi o drow quem conseguiu vê-la nas trevas.
Um enorme dragão negro pousou sobre as ruínas e os aventureiros se prepararam para lutar. A criatura rugiu e depois falou na língua comum, com uma voz assustadora.

"O que fizeram com meus lacaios? Irão morrer por isso!"

Kristryd deu um passo à frente, olhando para a escuridão, girou seu martelo e colocou seu escudo diante do corpo dizendo: "Ora! Morra você!"

Os demais estavam tensos mas prontos para a luta. O dragão recuou e alçou vôo, desaparecendo completamente na escuridão das cavernas.

Determinados a aproveitar essa chance, os heróis seguiram pelos túneis, para longe do dragão. Muito tempo depois, encontraram um lugar diferente. Uma estranha energia pairava no ar, confortando os aventureiros. Havia algo de bom nas terríveis ruínas e, a medida que adentravam ainda mais nas trevas, o grupo se sentia melhor e mais seguro.
Foi então que um salão enorme surgiu diante deles. No centro, uma elevação cercada por longas escadarias ostentava um altar brilhante. Nenhum morto-vivo ousava aproximar-se do salão e os ossos do local pareciam em paz. Ao lado das escadarias porém, havia um enorme arco de pedra, manchado de sangue e marcado por runas de teletransporte. O portal era imenso e, pela avaliação de Kayron, o sangue era de sacrifícios.

Enquanto o clérigo de Pelor, Venorik e Arathon examinavam o altar acima, Zanne e Kritryd olhavam ao redor. Yurick, não contendo sua curiosidade, resolveu examinar o portal e, depois de estudar rapidamente as runas, conseguiu descobrir uma forma de fazê-lo funcionar mas sem abrí-lo. A imagem no centro do arco estava difusa e aos poucos uma anorme forma vermelha se tornou mais nítida. Era o maior dragão que eles haviam visto. Era Deathlock.

"Moradin..."_disse Kristryd com a boca escancarada

"Não pense que não posso atingí-lo daqui, elfo." _disse a monstruosidade vermelha a Yurick, com uma voz feminina mas extremamente impiedosa. "Sou mais poderosa do que imagina."

Yurick engoliu em seco, recuando, enquanto os demais ficavam pasmados de terror. A criatura pareceu sorrir e disse que eles iriam pagar pois nada ficaria entre ela e seus objetivos. Yurick usou magia para tocar as runas do portal rapidamente e fazer a imagem desaparecer.
Ainda desconcertados, os heróis não sabiam como proceder. Um dragão negro estava escondido perto dali e um portal enorme estava sendo construído por uma terrível semi-deusa vermelha. Yurick estudou o portal por um tempo enquanto os demais decidiam o que fazer e então as runas começaram a brilhar. Pelo padrão, o mago eladrin percebeu que o portal estava sendo ativado e rapidamente modificou a sequência de runas, fazendo-as parar de brilhar.

O altar então começou a brilhar intensamente e em seguida desapareceu, deixando os aventureiros às escuras.
Yurick entendeu que o portal parecia estar programado magicamente para seguir o altar mas que, graças à sua rapidez, agora Deathlock não saberia onde estaria o seu objeto de desejo.
Porém, apesar dessa pequena vitória, os heróis estavam agora sem a proteção do altar, no centro da antiga necrópole, cercados por mortos-vivos e outros perigos, como o vingativo dragão negro...

domingo, 16 de agosto de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 8 (Parte I) - Minhocas?


Cedrik era mais um dos muitos fazendeiros criadores de gado da regiâo de Kelt. Ele tinha poucas cabeças de gado mas produzia o melhor leite das fazendas das redondezas. Certo dia, descobriu que o curral onde seu pequeno rebanho descansava à noite havia sido atacado.
Nâo havia sobrado uma vaca sequer e em vários pontos do curral a terra havia cedido, deixando apenas buracos enormes de terra revolta. O fazendeiro encontrou milhares de minhocas nas crateras, algumas do tamanho de seu antebraço, mas as vacas haviam desaparecido.
Desesperado, Cedrik juntou suas economias e comprou mais algumas vacas. Dois meses depois, teve outra surpresa, mais uma vez as minhocas cavaram e suas vacas desapareceram no negrume das crateras no campo.
Cedrik estava sem saída. Tinha uma família para sustentar e nenhum dinheiro para comprar mais vacas. Portanto, o pobre fazendeiro foi até o barão Margan, senhor das terras onde ficava sua fazenda. Ao chegar ao castelo, Cedrik deparou-se com um grupo de sacerdotes de Pelor que conversavam com o barão. O nobre pediu permissâo aos clérigos e atendeu o fazendeiro.
Depois de ouvir o relato sobre as vacas desaparecidas, os próprios clérigos foram até o local com o barão. Uma vez lá constataram que os buracos e a terra ao redor estavam cheios de grandes minhocas marrons. Intrigado, o líder dos clérigos examinou de perto um dos buracos, acompanhado por Kayron, o tiefling.

_"Isto não é obra de simples minhocas, Kayron. Veja!" _disse Oleg apontando para um pedaço pontiagudo de pedra branca.
_"E isso certamente não é uma pedra, certo pai?" _Perguntou Kayron pegando a pedra nas mãos. _"É um dente, e dos grandes."
_"O que temos aqui, senhores, é um verme púrpura, e dos grandes."_Disse Oleg levantando-se.

Os demais clérigos ficaram consternados e Cedrik, o fazendeiro ficou apavorado. O barão coçou o queixo e dirigiu-se a Oleg.

_"O senhor pode resolver isso? Se essa coisa está por aí em minhas terras, quero ela morta o quanto antes!"
_"Meu caro barão. Já que viemos aqui no intuito de conseguir sua permissão para a construção de um pequeno templo em honra a Pelor, seria bastante justo que, caso possamos livrar suas terras da fera, o senhor nos conceda um pedaço das mesmas para que possamos louvar nosso deus?"
_"Sim! Sem problemas! Terão aquela colina!"_disse o barão apontando para uma colina sem árvores acima das fazendas de gado.

Oleg olhou para seu filho adotivo e protegido, Kayron, e sorriu. Dois dias depois, Kayron procurava por Gaultak, Kristryd, Arathon, Venorik e Zanne nas ruas de Kelt.
Não foi difícil encontrar o enorme goliath pois seu nome era bem conhecido pelos veteranos das batalhas no vale de Dassanter, agora conhecido como o Vale Negro. Gaultak estava na taverna Espada & Cantil, comendo um grande pedaço de pernil quando Kayron sentou-se à mesa.
Os dois amigos conversaram um pouco e puseram em dia as novidades. Gaultak contou que havia passado o inverno lutando nas montanhas ao lado dos exércitos do rei de Karmadon. Kristryd havia ido com ele e havia derrotado muitos orcs. Ela agora era conhecida como Kristryd Flagelo dos Orcs e era aclamada por muitos dos jovens soldados de Kelt que haviam lutado ao seu lado. Gaultak agora tinha muitas cicatrizes de batalha e havia matado dezenas de orcs nas montanhas.

Depois de quase uma hora de conversa, Kristryd chegou. Os três conversaram por algum tempo até que Kayron lhes contou a respeito do verme púrpura que estava atacando as fazendas. Gaultak sugeriu procurarem por Venorik no Fosso, o bairro sujo e escuro na cidade baixa. Juntos, os três aventureiros rumaram para o emaranhado de ruelas escuras e esgotos a céu aberto.

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Venorik entrou no beco, esperando perder seus perseguidores de vista. Escondeu-se nas sombras, atrás de uma carroça arruinada. Esperou por alguns minutos e viu cinco vultos passarem direto pela rua principal. Ficou quieto por mais uns minutos e levantou-se, ainda ofegante depois da perseguição. Subitamente, um vulto caiu sem fazer ruído diante de Venorik. Era uma mulher e a graça com que pousara no châo de pedra do beco espantou até mesmo o drow, que costumava mover-se tão agilmente quanto a jovem ruiva à sua frente. Era uma humana linda. Tinha olhos verdes e lábios carnudos. Seus cabelos longos e levemente cacheados eram de um vermelho intenso e vestia uma armadura de couro negra com detalhes vermelho-sangue. A mulher sorriu e falou num tom suave e extremamente sensual.

_"Você sabe quem eu sou, drowzinho?"

Venorik ficou calado, enquanto invocava várias adagas que deixavam seus braceletes mágicos e apareciam em suas mãos.

_"Sabe também que não têm chances contra mim. Não é?"_continuou a mulher

Venorik arremessou as adagas contra ela mas a ruiva esquivou-se com uma agilidade felina. Ela saltou para o lado, dando cambalhotas e arremessou diversas adagas contra o drow. Este esquivou-se da maioria mas uma atingiu-o na perna. Era um ferimento leve mas ardia muito.
O jovem drow reconheceu o tipo de veneno que Safira Adagavermelha havia usado. Veneno de aranha.
Lentamente, Venorik caiu inconsciente, enquanto a ruiva sorria para ele gentilmente.

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Gaultak, Kayron e Kristryd chegaram ao Fosso e perguntaram pelas ruas por Venorik. Quando entraram na arena onde o drow costumava apostar, foram abordados por um homem alto e magro, vestindo uma armadura de couro e trazendo uma espada longa na cintura.

_"Procuram pelo caloteiro?"_disse o homem
_"Venorik é nosso amigo e estamos procrurando por ele."_respondeu Gaultak encarando-o
_"Ele está conosco. Podem tê-lo de volta mas terão que pagar por ele e pela dívida dele."
_"Dívida?Quem é você?"_disse Kristryd irritada.

_"Sou um mero intermediador, anã. Vamos entregar o drow nojento a vocês mas vocês terão que pagar a dívida dele ou fazer um pequeno favor a nossa organização."

Relutantes, os aventureiros seguiram o homem pela taverna escura e foram conduzidos por um corredor guardado por dois enormes dragonborns. O corredor era mal iluminado e no fim, uma porta de metal bloqueava a passagem. O homem bateu cinco vezes na porta e uma portinhola se abriu e um par de olhos puderam ser vistos na escuridão. O homem alto sussurrou alguma coisa numa língua estranha aos heróis e a portinhola se fechou novamente. Minutos depois, a porta abriu-se e os aventureiros foram levados até uma sala onde nenhuma luz brilhava. As trevas eram densas e somente a voz de seu guía era ouvida pelos aventureiros.

Subitamente, as trevas mágicas foram desfeitas e os heróis estavam numa sala grande, cercados por homens armados com bestas e adagas. As armas estavam apontadas para o grupo. À frente deles, um homem baixo e gorducho sorria. Ao seu lado, acorrentado e amordaçado estava Venorik, o drow.

_"Bem vindos! Bem vindos!"_disse o gordo._"Que bom que vieram, Gaultak, Kristryd e Kayron!"
_"Como sabe nossos nomes?"_Perguntou Kristryd
_"Tenho meus meios, senhora."_respondeu ele_"E meus meios não são de sua conta. Muito bem meus caros. Vamos aos negócios, sim? Este drow infeliz deve à nossa organização a quantia de cem mil moedas de ouro. Porém, como ele fugiu da cidade meses atrás para viajar com vocês, o valor duplicou. Querem ele vivo? Paguem a dívida ou..."
_"Ou?"_perguntou Gaultak
_"Ou façam um pequeno favor à nossa organização e a dívida dele será perdoada."_respondeu sorrindo o gorducho

Por alguns instantes os aventureiros pensaram e então Gaultak pergunto: _"Que favor?"

Horas depois os aventureiros chegavam até as fazendas onde o verme púpura havia sido visto. Eles haviam decidido resolver esse problema primeiro, visto que um fazendeiro havia chegado ao templo de Pelor com a notícia de que o pobre Cedrik havia sido devorado pelo monstro. Kayron pediu aos fazendeiros uma vaca para ser usada como isca, uma vez que Gaultak havia seguido alguns sinais da passagem da criatura.
O grupo ficou esperando numa colina plana. Kayron segurava a vaca com uma corda e todos esperavam inquietos o aparecimento do monstro. Subitamente, na escuridão um eladrin apareceu. Estava bem vestido, com um longo manto azul escuro e portava um cajado branco. Ele notou os aventureiros e sorriu gentilmente. Nesse instante a terra tremeu e o verme púrpura apareceu, arremessando terra e pedras para todos os lados. Ele atacou Gaultak, agarrando-o com suas poderosas mandíbulas e levantando-o a muitos metros do chão. Os aventureiros, ajudados pelo eladrin mago conseguiram derrotar a criatura que resistiu por um bom tempo mesmo sendo atacada por todos os lados. Quando o monstro recebeu o último golpe, desferido por Venorik, caiu ruidosamente, fazendo a trerra tremer. Os heróis recuperavam-se do combate quando o eladrin aproximou-se do grupo e falou sorrindo.

_"Boa noite meus caros. Meu nome é Yurick. Posso ajudá-los com alguma coisa?"


Fim da Parte I

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Notícias: Darksun vem aí! Olé olé olá!

Um dos cenários de maior sucesso durante o reinado do Advanced Dungeons & Dragons finalmente retornará em 2010. Atendendo a inúmeros pedidos durante toda a existência da 3° edição e da 3.5, a Wizards anunciou HOJE (14/08/2009) que Darksun será lançado em 2010 para a 4° Edição.
Para quem não conhece, Darksun é um mundo árido, brutal e perigoso com gigantescos desertos, tribos de elfos nômades, bandos de halflings canibais, arenas de gladiadores, raças bizarras, poderes psiónicos e magos nada queridos. O mundo se chama Athas e a magia drena a força vital, criando os enormes desertos. É um mundo onde realmente só os mais fortes sobrevivem.

Vários detalhes serão reformulados para poder encaixar o estilo de Darksun na 4° Edição, mantendo a idéia de armaduras de couro ou arumadura alguma e armas toscas de osso, madeira e metal sem nenhum glamour.

Segue a entrevista e a matéria completa direto do site da Wizards!


Finalmente!!!


domingo, 9 de agosto de 2009

Notícias: Quarto RPG Itinerante - Resumo da Ópera

No último sábado 08/08 tivemos nosso quarto e bem sucedido RPG Itinerante. Não foram tantas pessoas quanto esperávamos mas o grupo D30 DF estava lá e tivemos mesas de jogo bastante variadas.
Logo de manhã, uma mesa bastante divertida do sistema Daemon, ambientada no universo de Resident Evil. O pessoal curtiu bastante.
Minha mesa de Star Wars Saga Edition atrasou um pouco mas tivemos 3 jedi e 2 contrabandistas bem engraçados. O grupo curtiu mesmo eu não tendo 100% das regras na cabeça hehehe... Foi bem legal.


Paradinha pro almoço com direito a uma Bomba Atômica (sanduiche monstro!) e muita Coca-Cola.

Perto das 15:00 voltamos ao salão e o nosso caro Valberto estava mestrando Mutantes e Malfeitores (Mutants & Masterminds). Haviam mais 3 vagas e estava só no início. Foi uma aventura muito divertida com personagens dos Novos Titãs, Liga da Justiça e outros do Universo DC.
Eu mesmo era o Robin (Tim Drake). Estavam presentes na mesa o Asa Noturna, Estelar, Mutano, Superboy, Arqueiro Verde e Canário Negro (que depois saiu da mesa hehehe).
Enfrentamos uma ameaça vinda direto dos lacaios de Darkseid e no fim tivemos que enfrentar Batman, Coringa e Superman em pessoa (dominados por trajes toscos de Apocolips)!

No fim, derrotamos o grupo. Mas quem derrotou o Super foi nada mais e nada menos que o Menino Prodígio! Foi hilário! O Superman derrotado por uma granada de gás sonífero, logo depois de derrubar o Superboy que era o único que dava dentro na porrada com ele.

Enquanto isso havia também uma boa mesa de Tormenta logo ao lado e tivemos ainda uma mini-feira de livros usados.

Obrigado a todos que participaram e aguardem, logo teremos a data do próximo, além do D&D Gameday no dia 19/09!!!

abraços