segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

D&D - Nova Campanha -

Depois de um tempo sem conseguir jogar D&D resolvi voltar a mestrar. Desta vez montei um grupo diferente do meu grupo tradicional, dei a eles personagens prontos e com um pouco de background e lá fomos nós. A primeira aventura foi um sucesso e as pessoas se divertiram e curtiram os personagens.
Como espero levar essa campanha adiante, resolvi montar um "blog paralelo" ao Crônicas onde será postada a campanha enquanto durar...hehe.
Ainda estou começando o blog e certamente não terá o visual bonito e estiloso do Crônicas Nérdicas mas o material será bacana.

A Espada Rubra é uma campanha de D&D num mundo próprio. Os jogadores começaram na cidade de Iliria, que será um dos centros da história toda. O foco principal da campanha é um artefato de grande poder conhecido como a Espada Rubra de Agrom-Vimak. A espada foi partida em três pedaços que ficaram espalhados pelo mundo e agora, os aventureiros irão tentar encontrá-los. Vilões, intrigas, combates heróicos e monstros estão no caminho dos aventureiros até o fim da campanha.
Temos no grupo uma ladra meio-elfa, um bárbaro humano, um warlord dragonborn, um paladino eladrin e seu irmão gêmeo, um mago eladrin.

Para quem se interessar (isso inclui vocês, jogadores da campanha!), basta seguir
A Espada Rubra .
Fico por aqui e logo logo atualizo este blog que só me dá orgulho! kkk

domingo, 29 de novembro de 2009

Artigos: Jogos de Tabuleiro


Quem nunca se divertiu por horas com jogos como o bom e velho War, Banco Imobiliário, Imagem & Ação, entre outros?
Pois é, existem muitos jogos de tabuleiro bacanas no mercado nacional mas o que muita gente desconhece é a quantidade absurda de jogos fantásticos que circula no exterior.
Os temas mais diversos, ambientações excelentes e idéia inovadoras estão presentes nesses "boardgames" e "cardgames". Existem jogos baseados em séries de TV, livros e filmes, além de jogos de lógica rápidos e divertidos.
Eu só tive contato com a maioria desses jogos de tabuleiro no ano passado e comecei a conhecer pessoas que têm essas maravilhas que chegam aqui apenas através da importação (e de uma bela de uma taxa alfandegária). Hoje, tenho jogado vários deles com amigos e cada vez conheço mais e mais jogos.
Recentemente, joguei algumas partidas divertidíssimas de Shadows Over Camelot, um jogo cooperativo baseado nas lendas do Rei Arthur. Outro jogo excelente é o Battlestar Galactica, baseado na conhecida série de tv americana. Além desses, Starcraft The Boardgame mistura elementos conhecidos do famoso jogo de computador com um visual estiloso e versátil.
Outro jogo que recomendo muito é o famoso Bang!, um jogo de cartas baseado nos "macaroni westerns", os faroestes italianos. É rápido, fácil e rende horas de risadas.
Enfim, se eu me deloangar falando de todo e qualquer jogo não terminarei nunca este post.
Em São Paulo existe um bar totalmente excelente chamado Ludus. Vale a pena conferir. É um lugar bacana onde você paga um couver de jogos e joga a noite inteira, tendo acesso a mais de 500 jogos diferentes (de Pula Pirata a Age of Empires!).

Bem, seguem dois links interessantes para quem quer conhecer o mundo dos jogos de tabuleiro.
Keep gaming!

Ludus Luderia
Confraria Lúdica Internacional

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

5º RPG Itinerante!

(post direto do Vórtex RPG)

Saudações RPGísticas, galera de Brasília!!!!

Bem, demorou um pouquinho mas estamos de volta. O grupo D30 após organizar um excelente Dia "D" e D&D Game Day, vai trazer para a turma dos dados multifacetados, o 5º RPG Itinerante deste ano. Isso mesmo galera, podem ir separando suas fichas, dados e mapas para curtir mais uma encontro de RPG na capital federal

O evento deste mês irá ocorrerá no próximo dia 28 de Novembro - Sábado, e será novamente na Asa Norte no salão do bloco já conhecido da galera.
O endereço para aqueles que não conhecem é SQN 409 Bloco H - Salão de Festas. O evento acontecerá nos dois turnos, manhã e tarde, das 9h às 17h.
Como já é de praxe pedimos que aqueles que forem mestrar encaminhem um e-mail para rpgitinerante@gmail.com constando as informações abaixo para que possamos divulgar a sua mesa.

Mestre:
Sistema:
Cenário:
Nº de Jogadores:
Aceita Iniciantes:
Turno/Horário:
Sinopse da Aventura:


Neste evento, devido ao espaço ser limitado, estamos pedindo a todos os mestres que cheguem no horário cumpram o prazo para a realização de suas aventuras afim de que todos possam jogar. Peço também áqueles jogadores que forem comparecer com certeza que deixem uma confirmação nos comentários, só para que tenhamos uma idéia de quantas pessoas irão comparecer.

No mais, o de sempre:

Mestres: levem todo o seu material já preparado( fichas, dados, aventuras mapas, miniaturas, etc.) evitando assim perda de tempo com miudezas na hora do jogo.

Jogadores: primeiramente, compareçam, oras!!! O evento é feito para vocês, então vamos prestigiar. Caso vocês queiram jogar em alguma mesa específica cheguem mais cedo e já guardem os seus lugares, pois neste evento não estaremos reservando vagas.

Ah, não esqueçam de levar os comes e bebes para aquietar o estômago na hora do jogo. Para aqueles que pretendem ficar o dia todo há restaurantes e lanchonetes próximos ao salão.

Espero que todos os jogadores de Brasília apoiem a iniciativa do Grupo D30 queremos ver esse evento lotar heim?

O GRUPO D30 espera vocês.

Rafael Thomaz

domingo, 8 de novembro de 2009

Notícias: Dark Sun 4th Edition

Todo mundo ficou alvoroçado quando saiu a notícia de que o próximo cenário de D&D 4a Edição seria o famoso e aguardado Dark Sun. Agora, o que preocupa muita gente é qual vai ser o novo visual, a nova cara do cenário, tendo em vista as mudanças do Ad&d pra 4a Ed.

Richard Baker e Rodnay Thompson, desenvolvedores da quarta edição de Darksun estão postando muitas novidades em seus blogs. Algumas das notícias são bacanas...
  • Tanto o Campaign Guide quanto o Player's Guide do cenário estão em edição, ou seja, todos os conceitos JÁ estão definidos;
  • Dragonborns. Em vez de termos uma explicação pra chegada de uma nova raça, os "draconatos" serão os Dray, uma raça de homens dragões que já existia em Athas em pequeno número. Na segunda edição, no livro Dark Sun - Monstrous Compedium Appendix II há imagens dos Dray. Muito bacana a idéia de usar uma raça esquecida do cenário para explicar os dragonborns da 4a. Ed.;
  • Muls, Thri-Kreenm, elfos, halflings canibais e outras raças do cenário serão mantidas, assim como toda a idéia de mundo brutal com armas de osso, madeira e pedra, escravos, gladiadores, profanadores (os famosos magos "necromantes")e por aí vai;
  • O mundo em si será um lugar desolado onde o clima pode acabar com os aventureiros e onde sobreviver já é um prémio maior que angariar moedas de ouro. As poucas áreas civilizadas (será?) são governadas por seres terríveis como os Reis-Feiticeiros. Os desenvolvedores dizem que será um mundo de "espadas e sandálias", onde a tecnologia é atrasada e a magia perigosa. O psiquismo será algo comum e não há deuses;
  • Dark Sun não será um cenário com todos os elementos do atual D&D, segundo Rodney Thompson, líder da equipe de desenvolvimento. Por exemplo, o Mar de Areia pode vir a ter sido criado pela intervenção de um primordial (uma boa adaptação de conceitos novos aos antigos). A arte dos livros contará com artistas novos mas o estilo de Gerald Brom será algo muito presente, tendo em vista que foram suas ilustrações que marcaram muitos dos jogadores de Dark Sun;
  • Haverá uma ediçãod e Dungeon Tiles entitulada Desert of Athas, que já se encontra em pré-venda na Amazon;
  • Os desenvolvedores estão muito preocupados não em adaptar Dark Sun à 4a Ed. mas sim o contrário, o que provavelmente deixará de fora raças padrão como os tieflings e os eladrins.

Bem, acredito que Dark Sun tem tudo para ser o melhor cenário pra 4a Ed. Algo diferente do padrão de sempre. Fiquem atentos. Ah sim, quem quiser acompanhar as notícias dos desenvolvedores, basta procurar pelos blogs de Richard Baker e Rodney Thompson na comunidade de relacionamento da WotC (Wizards of the Coast)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 8 (Parte III) - O Trato

A escuridão era avassaladora e os heróis seguíam permeados pela fraca luz azulada do cajado de Yurick, o mago. As ruínas antigas da necrópole exalavam um cheiro antigo, forte e amedrontador, como se todos aqueles cadáveres fossem levantar-se a qualquer instante para atacá-los.
Não demorou muito para que ele surgisse em meio às trevas. Apenas o som de suas poderosas asas era suficiente para instaurar o pânico nos aventureiros mais experientes. Os heróis se prepararam para o combate mas foi Venorik quem foi à frente, tentando encontrar o inimigo sems er visto.
Porém, mesmo com toda sua habilidade, o drow não percebeu a armadilha mágica deixada ali pelos seres nefastos da necrópole. Um círculo de luz verde se formou aos pés do ladino e em instantes, seu corpo brilhava da mesma forma. Desesperado, o drow olhou em direção aos seus companheiros e então caiu, suando frio. Estava envenenado.

Yurick tentou aproximar-se enquanto Kristryd e Kayron se posicionavam, esperando um ataque. Arathon foi junto com o mago e Zanne preparou seu arco. Nevasca, o pequeno pseudodragão albino, empoleirou-se sobre o enorme portal de Deathlock, escondendo-se.

Foi então que os mortos-vivos atacaram, saindo das sombras. Rapidamente, o grupo espalhou-se desorganizadamente. Yurick e Arathon estavam mais próximos de Venorik e foram atacados primeiro. Então, uma enorme nuvem de trevas apareceu à sua frente. O dragão negro, usando sua magia, havia criado um véu de negrume e estava agora perto dos heróis.
Em vão, Yurick lançou magias contra as trevas, esperando acertar algo além do ar. O resto do grupo, concentrava-se em repelir os mortos-vivos e Venorik, o drow, jazia incosciente a um passo da morte.

Foi uma batalha longa e cansativa. Os heróis esgotaram suas magias e munição e somente os mortos-vivos foram derrotados rapidamente. O dragão continuava de pé, envolto em trevas, atacando-os. Mesmo quando Nevasca agarrou-se às costas do monstro para chamar sua atenção enquanto Kristryd atacava furiosamente, o dragão permanecia de pé.

Então, subitamente, o monstro gargalhou e alçou vôo. Pousou a uma boa distância dos heróis e disse: "Sabem que podemos continuar por horas, dias talvez. Sugiro uma trégua. Vamos conversar."
Arathon rugiu e chamou a criatura de covarde. O dragão pareceu sorrir e então se preparou para atacar novamente mas Kayron interveio.
"Se quer conversar, dragão, então fale comigo! Em nome de Pelor!"

O monstro apontou o alto da escadaria onde ficava o altar mágico e voou até lá. Kayron pediu aos demais que esperassem e caminhou confiante em direção ao dragão.
Durante alguns minutos, a criatura falou com o clérigo e explicou que eles tinahm um inimigo em comum: a dragonesa vermelha chamada Deathlock. Ele disse que poderia ajudar os aventureiros a derrotá-la mas que precisava de proteção contra ela.
Portanto, um acordo foi feito e o dragão negro usou seus poderes mágicos para assumir forma humana. "Agora..."disse ele "vocês me levam até a superfície em segurança..."

O grupo partiu, escoltando a estranha criatura. O longo caminho de volta estaria repleto de mortos-vivos e eles sabiam que o dragão nada faria para ajudá-los. Arathon jurou em silêncio que vigiaria o dragão negro o tempo todo e que, no momento certo, a vingança dos dragonborns recairía sobre o monstro.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Notícias: Dia D RPG 2009 - Resumo da Ópera

Antes de começar, gostaria de explicar que esse balanço é uma opinião particular de UM dos membros do Grupo D30, mas muitas coisas vão ao encontro das impressões do resto do pessoal. Eu particularmente achei os dois dias excelentes, tanto de público quanto na participação das atrações e qualidade de jogos.

Desde o ano passado quando aconteceu o segundo Dia D em Brasília e que também marcou a criação do Grupo D30, muitos obstáculos foram enfrentados e superados por nós. Tivemos idéias fantásticas para movimentar mais o cenário de RPG da capital, com os encontros RPG Itinerante que agregou muita gente legal e nos deu experiência para montar esse Dia D. Esses pequenos encontros ajudaram a nos colocar como referência por aqui e ter grupos de jogadores e mestres sempre presentes auxiliando de todas as formas possíveis nos eventos. E nesse Dia D não foi diferente!

Enfrentamos críticas descabidas através da internet antes mesmo de explicarmos como seria o evento. Mas isso não abalou o ânimo do pessoal e mesmo sem patrocínio financeiro ou logístico fomos em frente e conseguimos um ótimo local pra o encontro. O Espaço Cultural Renato Russo tem a melhor infraestrutura que jogadores de RPG podem querer, com espaços amplos, banheiros limpos, bebedouro funcionando, fácil acesso para qualquer pessoa (com direito a ponto de ônibus quase em frente, metrô bem pertinho e estacionamento para quem foi de carro) e acessibilidade para deficientes. Claro que nem tudo é perfeito, pois no contrato que assinamos, ficava explícita a proibição de realizar vendas de qualquer tipo no local, inclusive lanches e materiais para jogos.

Além disso, o espaço que conseguimos alugar (sim, mesmo sem patrocínio nós bancamos do próprio bolso o aluguel do espaço e das mesas com cadeiras) foi perfeito para palestras e os jogos. E por falar nas atrações, conseguimos manter atividades em 100% do tempo, ou seja, quem entrava podia conferir a programação que estava pregada na portaria e se manter ocupado durante os dois dias, fosse com palestras, oficinas ou jogos.

As oficinas eram palestras que explicavam um jogo ou uma temática e que propunha ao seu final, uma partida como forma de praticar. Nesse quesito tivemos no primeiro dia as oficinas de Castelo Falkenstein e tecnologia steampunk, e o jogo Pendragon. Ambas mesas de jogo tiveram muitos participantes, que passavam de seis jogadores em cada. No segundo dia houve Mutantes e Malfeitores que quebrou todos os recordes de público com mais de dez jogadores na mesma mesa.

Vale lembrar que marcamos oficinas e palestras em horário seqüenciais para que todos pudessem participar de tudo ou jogar nas mesas que estavam rolando no salão principal. Em relação às palestras, tivemos no primeiro dia as seguintes: Jogos de tabuleiros, como aproveitar ganchos para aventuras e, também, RPG e educação. Já no domingo houve, palestra sobre ambientação em jogos de terror e inclusão de pessoas com deficiência no RPG e ainda tivemos o já tradicional Quizz Nerd. É importante ressaltar que em nenhum dos dias as palestras foram vazias ou sem participação, pois os participantes estavam sempre animados com os temas.

Em relação aos jogos de RPG tivemos uma grande variedade de sistemas e mesas que animaram a galera nos dois dias. Mas não foi só isso, rolou também mesas com jogos de tabuleiros e batalhas de miniaturas de Star Wars. Isso porque no domingo foi realizado o D&D Game Day, com mesas cheias e lugares disputados. Isso porque infelizmente nem todos os jogadores que se cadastraram para participar, compareceram ao local. Mas de certa forma isso foi bom, pois abriu vagas para pessoas que estavam no local.

Registramos uma média de 140 participantes durante o sábado e cerca de 90 no domingo. O que para nós foi impressionante dada a pouca divulgação da qual tínhamos disponibilidade. E melhor ainda, pois a entrada era um quilo de alimento que foi doado para a instituição de caridade Nosso Lar. Na semana seguinte ao evento, o Grupo D30 foi ao local para realizar a doação e tiramos várias fotos que serão disponibilizadas para vocês. Mas o que isso quer dizer? Simples, nós conseguimos arrecadar mais de 230kg de alimentos para crianças carentes! Além disso, houve uma grande doação de material escolar de uma pessoa que ouviu falar do evento na rádio.

Ao final do segundo dia do encontro, conseguimos realizar um sonho do Grupo D30, que era a mesa redonda de mestres, em que todos debatiam um tema sugerido pelos participantes do evento. Essas sugestões foram escritas e depositadas em uma caixa ao longo dos dois dias de encontro. Foi um ótimo debate em que temas excelentes e alguns muito polêmicos fizeram alegria nos mestres e contou com a participação do pessoal que estava ssistindo.

Bom, como esse texto já está grande demais vou encerrar por aqui com o saldo que temos: o evento foi um sucesso e, pelo menos, quem compareceu gostou e não registrou críticas. Como sei disso? Tínhamos além da caixa de sugestões de temas para a mesa redonda, uma caixa para críticas e quando fomos abrir a caixa no domingo a noite, ela estava vazia. E sim, as caixas estavam lacradas!

Acredito que tudo isso reforça o bom trabalho que o Grupo D30 RPG tem feito na cidade. Um muito obrigado seria pouco para todos que colaboraram com esse evento, mas eu gostaria de deixar aqui, meus sinceros agradecimentos à todos que participaram e ajudaram no encontro. Não vou citar nomes, porque posso deixar uma ou outra pessoa de fora e isso não seria justo.

Janary Damacena - Grupo D30 DF

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Pois é, acredito que as palavras do Janary resumem bem o que foi o evento: um grande encontro de amantes de jogos com atrações diversas e num espaço excelente.

Seguem mais algumas fotos:











quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Homenagem às "Lendas da Costa da Espada"

Muitos anos atrás, um grupo de amigos reuniu-se por diversas ocasiões ao redor de uma mesa de D&D 3.5 para jogar uma campanha de Forgotten Realms. Era o ano de 2003 e o grupo era enorme, fora do atual padrão de 5 jogadores e 1 mestre.

Tive o prazer de mestrar essa campanha onde pessoas queridas se divertiram, brigaram, rolaram d20's e beberam coca-cola. Foram quase dois anos ao todo. Uma longa campanha onde no fim, apenas 5 dos personagens do grupo inicial chegaram ao fim da empreitada. Resolvi postar aqui os primeiros desenhos que fiz dos personagens como uma forma de homenagear os participantes dessa história e de relembrar uma época bacana, quando eu desenhava quase todo o tempo.

As Lendas da Costa da Espada foram um grupo de heróis totalmente diferentes uns dos outros que, ao longo de anos de aventuras se tornaram famosos desde Amn, no sul, até Águas Profundas, no norte. Eles enfrentaram dragões, hordas de orcs e drows, mortos-vivos, criaturas extra-planares. Destruiram uma enorme cidadela das sombras que quase caiu sobre Portal de Baldur, lutaram contra os magos de Amn para resgatar um de seus membros, enfrentaram demônios e levaram a luz aos fracos e desesperados. Salvaram diversas vezes a aldeia de Beregost, que sob sua proteção tornou-se uma pequena cidade e seus nomes se tornaram uma lenda. Estátuas foram erguidas em Portal de Baldur e Beregost e canções foram feitas para celebrar seus feitos.

Walliam, o paladino de Lathander...
Ilanndra, a guerreira drow renegada...
Eldon, o druida halfling...
Halbrinn, o gnomo mago...
Tessele, a clériga de Lathander...
Lia, a elfa do sol barda...
Faelar, o elfo da lua ranger...
Sadalas, o monge...
Rastlin, o feiticeiro...

Todos eles serão sempre lembrados como as Lendas da Costa da Espada.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Noticias: Dia D RPG 2009 - 26 e 27 de Setembro

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DIA D RPG 2009

SÁBADO - DIA 26/09

9h – Abertura dos portões e inicio do credenciamento dos participantes

9h30 – Oficina “Castelo Falkenstein e tecnologia steampunk”

10h30 – Palestra “Jogos de tabuleiro”

13h – Almoço

14h – Oficina “Conheça o jogo Pendragon”

15h – Palestra “Como aproveitar ganchos para aventuras”

16h – Palestra “RPG e Educação”

17h – Encerramento

DOMINGO – DIA 27/09


9h – Abertura dos portões e credenciamento dos participantes.
OBS: Os jogadores e mestres previamente inscritos para o D&D Gameday não precisam se cadastrar na portaria. Deverao seguir para a area do Gameday onde serao orientados.

9h30 – Oficina “Mutantes e Malfeitores”

10h30 – Palestra “Ambientação e dicas para jogos de terror”

13h – Almoço

14h – Quiz Nerd

14h – Palestra “Inclusão de pessoas com deficiência no RPG”

15h – Oficina de inclusão (está ligada à palestra das 14h)

17h – Mesa Redonda com os mestres

18h - Encerramento

Local: Espaco Cultural renato Russo, 508 sul, entrada pela W2.

Ingresso: 1kg de alimento nao perecivel (nao levar sal) para cada dia.

sábado, 29 de agosto de 2009

Notícias: Dia D e D&D Gameday 2009

O Grupo D30 DF tem o prazer de convidar toda a comunidade rpgística para o próximo Dia D a ser realizado no Espaço Cultural Renato Russo (508 sul) nos dias 26 e 27 de Setembro. Nos dois dias o evento terá início às 09:00 da manhã, terminando às 18:00 horas.

Teremos um grande evento com diversas atividades, mesas de sistemas variados, palestra sobre o assunto e, no dia 27/09 (domingo) teremos mesas do D&D Gameday - Dungeon Master Guide 2.
Essas mesas serão reservadas apenas para aqueles mestres e jogadores que se inscreverem antecipadamente pelo email: ddgamedaydf@gmail.com

O ingresso para o evento será de 1kg de alimento não perecível. Lembramos que há comércio perto do local, além de um supermercado e não há desculpa para não comprar um 1kg de alimento por uma boa causa.

Queremos fazer desse evento uma bandeira contra essa onda anti-rpg que tem aparecido na mídia há algum tempo. Juntem-se à causa!

-Dúvidas sobre o evento como um todo: encontrorpg@gmail.com
-Dúvidas e inscrições pro D&D Gameday: ddgamedaydf@gmail.com

domingo, 23 de agosto de 2009

Artigos: Você tem dado em casa?

Saudações!!! Hoje vou falar sobre um acessório indispensável para todo jogador de RPG: o dado!!!
Eles são usados em jogos de tabuleiro, cassinos e RPG. Existem há séculos. Mas de que são feitos? Desde quando estão aí servindo como perdição dos homens em jogos de azar? Tentarei responder a essas e outras perguntas neste artigo.

Os primeiros dados eram feitos de ossos de animais que tinham um formato próximo ao tetraedro. Madeira, marfim, osso, metal e pedra foram os materiais dos primeiros dados. Com a invenção do plástico, os jogadores do mundo passaram a deixar os tradicionais dados de lado.

Escavações feitas em cemitérios mostram que provavelmente os primeiros dados têm origam na Ásia. "Jogar dados" é um expressão mencionada em um jogo indiano chamado Rig-veda. Existem alguns indícios de que, de fato, os dados foram inventados na Índia pois em escavações feitas em Kalibangan, Lothal e Ropar naquele país foram encontrados dados com mais de 2000 anos. O mesmo acontece em algumas escavações egípcias. Posteriormente, os dados de osso ganharam valores numéricos, tornando-se mais parecidos com os dados atuais.

Os romanos adoravam jogos e os dados eram um dos passatempos prediletos da época. Jogar dados por dinheiro era o motivo de muitas leis em Roma. Uma delas dizia que um jogador não poderia ser punido caso permitisse o jogo dentro de sua própria casa, mesmo que tivesse sido trapaceado ou roubado (ou fizesse isso com os outros...). Jogadores profissionais de dado eram comuns. Haviam até casas públicas onde os jogadores se reuníam. Muitos afrescos retratam esse passatempo romano.
Durante a Idade-Média, jogar dados se tornou o passatempo preferido dos cavaleiros, existindo até mesmo escolas de jogadores de dados e guildas de jogadores.
Na China, Índia, Japão, Coréia e outros países da Ásia, dados sempre foram utilizados em jogos diversos.

No Museu Britânico existe um par de icosaedros (polígono de 20
lados, o popular D20 de RPG!!!)
provavelmente usado durante o Império Romano. Sim! Desde aquela época já existiam D20's. :)
Em Roma também foram encontrados dados de marfim, osso, madeira, chumbo, cobre e até mesmo ouro, que assim como os dados de vidro estima-se que sejam meramente decorativos já que no caso de "metais moles" como o ouro a deformação do dado seria rápida e no caso do vidro, bem, vocês pegaram a idéia. ;)

Dados de precisão utilizados em cassinos são feitos de acetado de celulose. Estes podem ter um polimento final que os torna translúcidos. O vermelho é a cor mais comum mas existem dados de cassino de cores variadas. Esses dados têm seus números escavados no cubo e preenchidos com tinda do mesmo peso e densidade do acetato, para que os lados fiquem perfeitamente balanceados (ou não...).

Os dados poliédricos (os que usamos em RPG) são geralmente feitos de plástico, às vezes de metal ou madeira. Durante as décadas de 70 e 80 os dados poliédricos eram feitos de um plástico mole que se deformava com o uso. Atualmente eles são feitos com plástico de alto impacto, podendo durar anos sem deformar-se.
No início dos jogos de RPG, a maioria dos dados vinha sem os números pintados e os jogadores se dedicavam a pintar seus próprios números. Alguns dados de 20 lados dessa época vinham numerados de zero a nove duas vezes. Os números tinham que ser pintados com uma cor de maior contraste para evitar confusão.



Não importa se você joga GURPS, Vampiro ou Dungeons & Dragons, você sempre vai se deparar com dados de cores e materiais variados que fazem a alegria dos jogadores e mestres. Existem diversas fábricas de dados mas uma que me chamou bastante a atenção foi a Chessex, que fabrica dados excelentes. Recomendo muito!

Links de alguns fabricantes:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 8 (Parte II) - Deathlock

Horas depois, Gaultak, Kayron, Venorik, Kristryd e Yurick se dirigiam aos esgotos da cidade de Kelt. O eladrin ofereceu sua ajuda e o grupo estava agora pronto para fazer o dito "favor" à guilda de ladrões. Usando o mapa entregue pelos bandidos, o grupo chegou a uma saída de esgoto de onde a água suja e o fedor adentravam o rio. Os aventureiros entraram no tunel baixo e estreito, o que obrigou Gaultak a praticamente rastejar. Logo chegaram a uma grade, onde Venorik encontrou um cadeado que foi facilmente aberto por ele. Agora oes esgotos eram mais amplos mas não menos fétidos. Um rio de água suja corria no centro do túnel, penetrando em seguida numa abertura ao sul, debaixo de uma parede. Os heróis seguiram para o norte. Por mais de meia hora eles caminharam pelos esgotos vendo dejetos, corpos em decomposição e ratos, muitos ratos. Enfim, depois de seguirem o mapa, chegaram a um tunel sem saída onde uma parede havia desmoronado. Aparentemente não havia nada além de escombros mas Gaultak encontrou um mecanismo que abriu uma porta secreta na lateral do tunel.

Um a um os aventureiros penetraram na passagem, saíndo numa sala iluminada por tochas de luz avermelhada. O lugar parecia uma antiga cripta, repleta de estátuas e até mesmo uma fonte quebrada, de onde água suja escorria para o chão. Depois de um tempo, os aventureiros chegaram a uma câmara maior onde as estátuas repousavam. Poeira de muitos anos cobria as figuras e o cheiro de mofo pairava no ar. Então, numa sala adjacente, os heróis viram um grupo de vultos. No centro, um homem se erguía mais alto, sobre um círculo mágico desenhado no chão, que emitia uma fraca luz azulada. Os vultos ao redor do círculo se viraram quando ouviram os aventureiros chegando e seus olhos brilharam vermelhos. Tinham a pele branca, quase cinzenta e suas presas brancas brilhavam à luz das tochas.
Os cinco vampiros atacaram sob o comando de seu líder, o único que usava uma armadura e uma espada. Gaultak foi dominado mentalmente pelo senhor dos vampiros e ficou paralizado, enquanto os demais lutavam contra as criaturas. No meio do combate, mais vampiros apareceram na retaguarda, vindos dos túneis.

Kayron e seus companheiros conseguiram derrotar as criaturas, que fugiram transformando-se em névoa e quando estavam vasculhando a cripta atrás da caixa mágica foram abordados por um grupo de ladrões. O líder deles, um homem com o rosto coberto e adagas nas mãos ordenou que entregassem seus pertences mas Gaultak rugiu e atacou.
A luta foi difícil visto que os bandidos eram bem treinados. Kayron caiu depois que o mago inimigo criou uma área repleta de espinhos feitos de trevas. Yurick conseguiu teleportar o tiefling para longe do perigo e um dos ladrões que estava prestes a decepar a cabeça de Kayron foi teleportado para longe dele. Gaultak, Kristryd e Venorik conseguiram derrotar os demais bandidos.

Depois de alguns minutos recuperando-se do combate, os aventureiros vasculharam o resto da cripta. Numa das salas, Venorik encontrou montes de terra fedorenta e, escavando, encontrou o corpo de um dos vampiros. Ele avisou rapidamente os demais e quando o grupo chegou à sala, dois vampiros estavam de pé, prontos para atacar. No entanto, as criaturas da tumba falaram numa língua antiga e desconhecida e fugiram através da parede em suas formas etéreas.

Os aventureiros vasculharam a sala pequena e de odor forte. Kristryd percebeu que o chão estava coberto de terra de cemitério e Kairon fez um ritual para purificar o local. Nesse instante, enquanto Yurick verificava as paredes junto com Venorik, que permanecia com a aparência de um humano graças ao seu chapéu mágico de disfarce, Kayron ouviu a voz de Zanne, a barda. A voz melodiosa de sua amiga ecoava em sua cabeça mas os demais não pareciam ouví-la. Zanne falou com Kayron através de um ritual mágico e disse que Arathon havia sentido quando Kayron caiu em combate, graças ao anel de amizade que os dois possuíam. Kayron confirmou e explicou a situação. Zanne disse que poderia fazer um ritual para transportar Arathon até eles e poderia ir junto se alguém trocasse de lugar com ela mas para tal, um círculo mágico deveria ser traçado. Yurick se ofereceu prontamente para criar o círculo e começou rapidamente a desenhar os símbolos mágicos no chão.

Gaultak disse que ele iria trocar de lugar com Zanne. Os aventureiros questionaram a decisão do goliath mas este afirmou que seria melhor assim pois ele poderia investigar a guilda de ladrões. No fim do ritual, No lugar onde Gaultak antes estava de pé, apareceram Zanne e Arathon, vindos da cidade de Naivira. Yurick se apresentou aos dois. Depois de Kayron resumir o que havia acontecido até então, o grupo foi até a cripta onde estavam os corpos dos ladrões.

Determinado a encontrar respostas, Kayron invocou o poder de seu deus e realizou um ritual para falar com um dos mortos. Por sugestão de Yurick, o tiefling escolheu o que parecia ser o líder dos bandidos. O cadáver brilhou enquanto Kayron realizava o ritual com a ajuda do mago eladrin e então, de uma forma assustadora, o corpo sem vida falou.
Kayron fez algumas perguntas ao morto e conseguiu descobrir que o grupo de bandidos havia sido enviado para matar os heróis. O mandante seria alguém chamado Deathlock.

Yurick e Zanne pareciam conhecer o nome pois quando o ritual terminou e o cadáver parou de responder às perguntas de Kayron, os dois contaram o que sabiam sobre Deathlock. O eladrin e a humana concordaram que o nome remetia a alguma história antiga sobre uma dragonesa vermelha de grande poder. Deathlock era seu nome.

Os aventureiros não conseguiam entender porque estavam sendo caçados por uma dragonesa vermelha e foram dormir no acampamento improvisado na sala dos vampiros com muitas perguntas na cabeça.

Decidiram seguir as pistas que tinham. O grupo seguiu pelos túneis dos esgotos de Kelt, rumo a necrópole esquecida nos subterrâneos da cidade. Por algumas horas Kayron, Kristryd, Arathon, Venorik, Zanne e Yurick caminharam por túneis escuros, cheios de lodo e fedor. Em outros momentos o caminho era seco e irregular. Na escuridão, a luz mágica conjurada sobre a ponta do cajado de Yurick era a única iluminação do grupo. Venorik ia sempre à frente, como batedor.
Aos poucos, o esgoto da cidade deu lugar a ruínas antigas e passagens naturais. Yurick lembrou-se que séculos atrás, quando Kelt ainda era jovem, houve um desmoronamento que fez com que uma grande torre esmagasse um bairro. Depois, durante uma terrível praga que assolou a cidade, os cadáveres foram arremessados na enorme cratera, na esperança de que a doença não atingisse a cidade acima. Com o passar dos anos, a cratera tornou-se uma necrópole que foi esquecida quando a cidade cresceu e a cratera foi fechada.

_"Esteja preparado para enfrentar mortos-vivos."_ disse Yurick a Kayron com um leve sorriso nos lábios.

Depois de um tempo, os aventureiros seguirem por um tunel natural, sempre descendo. Em algumas ocasiões, um deles pisava em ossos velhos, assustando os demais com o som oco dos restos mortais de pessoas esquecidas na escuridão.
Venorik, que estava muito à frente do grupo, chegou a uma enorme caverna onde ruínas antigas e enormes pilares naturais e esculpidos sustentavam o teto. Adiante, o drow avistou dois vultos conversando e tentou chegar mais perto. Porém, sua pele se arrepiou quando um vulto fantasmagórico surgiu da parede ao seu lado, atravessando seu corpo. A criatura afastou-se e com uma face horripilante e gritou.
Seu uivo maligno e atormentado ecoou pelos salões e Venorik correu de volta até seus companheiros, que pareciam prontos para entrar em combate. Yurick e Kayron reconheceram o som da criatura. Fantasmas eram seres perigosos mas ambos sabiam como lidar com eles.

O grupo avançou pelo túnel até a enorme caverna. Os pilares gigantescos tinham mais de trinta metros de altura. Quando os heróis estavam no que parecia ser uma antiga rua, o fantasma reapareceu à distância mas somente Venorik o viu. Rapidamente, o drow lançou seu fogo negro, que deixou o fantasma brilhando no escuro. Logo, criaturas desmortas surgiram entre as ruínas e os aventureiros entraram em combate na escuridão da necrópole.
A luta foi árdua mas no fim, os heróis de Dassanter estavam de pé. Eles se afastaram dos restos dos monstros e montaram acampamento. Foi então que algo nas trevas se mexeu.
O som de asas enormes ecoou nas sombras. Yurick e Venorik, que descansavam sobre uma grande rocha perceberam a criatura primeiro mas foi o drow quem conseguiu vê-la nas trevas.
Um enorme dragão negro pousou sobre as ruínas e os aventureiros se prepararam para lutar. A criatura rugiu e depois falou na língua comum, com uma voz assustadora.

"O que fizeram com meus lacaios? Irão morrer por isso!"

Kristryd deu um passo à frente, olhando para a escuridão, girou seu martelo e colocou seu escudo diante do corpo dizendo: "Ora! Morra você!"

Os demais estavam tensos mas prontos para a luta. O dragão recuou e alçou vôo, desaparecendo completamente na escuridão das cavernas.

Determinados a aproveitar essa chance, os heróis seguiram pelos túneis, para longe do dragão. Muito tempo depois, encontraram um lugar diferente. Uma estranha energia pairava no ar, confortando os aventureiros. Havia algo de bom nas terríveis ruínas e, a medida que adentravam ainda mais nas trevas, o grupo se sentia melhor e mais seguro.
Foi então que um salão enorme surgiu diante deles. No centro, uma elevação cercada por longas escadarias ostentava um altar brilhante. Nenhum morto-vivo ousava aproximar-se do salão e os ossos do local pareciam em paz. Ao lado das escadarias porém, havia um enorme arco de pedra, manchado de sangue e marcado por runas de teletransporte. O portal era imenso e, pela avaliação de Kayron, o sangue era de sacrifícios.

Enquanto o clérigo de Pelor, Venorik e Arathon examinavam o altar acima, Zanne e Kritryd olhavam ao redor. Yurick, não contendo sua curiosidade, resolveu examinar o portal e, depois de estudar rapidamente as runas, conseguiu descobrir uma forma de fazê-lo funcionar mas sem abrí-lo. A imagem no centro do arco estava difusa e aos poucos uma anorme forma vermelha se tornou mais nítida. Era o maior dragão que eles haviam visto. Era Deathlock.

"Moradin..."_disse Kristryd com a boca escancarada

"Não pense que não posso atingí-lo daqui, elfo." _disse a monstruosidade vermelha a Yurick, com uma voz feminina mas extremamente impiedosa. "Sou mais poderosa do que imagina."

Yurick engoliu em seco, recuando, enquanto os demais ficavam pasmados de terror. A criatura pareceu sorrir e disse que eles iriam pagar pois nada ficaria entre ela e seus objetivos. Yurick usou magia para tocar as runas do portal rapidamente e fazer a imagem desaparecer.
Ainda desconcertados, os heróis não sabiam como proceder. Um dragão negro estava escondido perto dali e um portal enorme estava sendo construído por uma terrível semi-deusa vermelha. Yurick estudou o portal por um tempo enquanto os demais decidiam o que fazer e então as runas começaram a brilhar. Pelo padrão, o mago eladrin percebeu que o portal estava sendo ativado e rapidamente modificou a sequência de runas, fazendo-as parar de brilhar.

O altar então começou a brilhar intensamente e em seguida desapareceu, deixando os aventureiros às escuras.
Yurick entendeu que o portal parecia estar programado magicamente para seguir o altar mas que, graças à sua rapidez, agora Deathlock não saberia onde estaria o seu objeto de desejo.
Porém, apesar dessa pequena vitória, os heróis estavam agora sem a proteção do altar, no centro da antiga necrópole, cercados por mortos-vivos e outros perigos, como o vingativo dragão negro...

domingo, 16 de agosto de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 8 (Parte I) - Minhocas?


Cedrik era mais um dos muitos fazendeiros criadores de gado da regiâo de Kelt. Ele tinha poucas cabeças de gado mas produzia o melhor leite das fazendas das redondezas. Certo dia, descobriu que o curral onde seu pequeno rebanho descansava à noite havia sido atacado.
Nâo havia sobrado uma vaca sequer e em vários pontos do curral a terra havia cedido, deixando apenas buracos enormes de terra revolta. O fazendeiro encontrou milhares de minhocas nas crateras, algumas do tamanho de seu antebraço, mas as vacas haviam desaparecido.
Desesperado, Cedrik juntou suas economias e comprou mais algumas vacas. Dois meses depois, teve outra surpresa, mais uma vez as minhocas cavaram e suas vacas desapareceram no negrume das crateras no campo.
Cedrik estava sem saída. Tinha uma família para sustentar e nenhum dinheiro para comprar mais vacas. Portanto, o pobre fazendeiro foi até o barão Margan, senhor das terras onde ficava sua fazenda. Ao chegar ao castelo, Cedrik deparou-se com um grupo de sacerdotes de Pelor que conversavam com o barão. O nobre pediu permissâo aos clérigos e atendeu o fazendeiro.
Depois de ouvir o relato sobre as vacas desaparecidas, os próprios clérigos foram até o local com o barão. Uma vez lá constataram que os buracos e a terra ao redor estavam cheios de grandes minhocas marrons. Intrigado, o líder dos clérigos examinou de perto um dos buracos, acompanhado por Kayron, o tiefling.

_"Isto não é obra de simples minhocas, Kayron. Veja!" _disse Oleg apontando para um pedaço pontiagudo de pedra branca.
_"E isso certamente não é uma pedra, certo pai?" _Perguntou Kayron pegando a pedra nas mãos. _"É um dente, e dos grandes."
_"O que temos aqui, senhores, é um verme púrpura, e dos grandes."_Disse Oleg levantando-se.

Os demais clérigos ficaram consternados e Cedrik, o fazendeiro ficou apavorado. O barão coçou o queixo e dirigiu-se a Oleg.

_"O senhor pode resolver isso? Se essa coisa está por aí em minhas terras, quero ela morta o quanto antes!"
_"Meu caro barão. Já que viemos aqui no intuito de conseguir sua permissão para a construção de um pequeno templo em honra a Pelor, seria bastante justo que, caso possamos livrar suas terras da fera, o senhor nos conceda um pedaço das mesmas para que possamos louvar nosso deus?"
_"Sim! Sem problemas! Terão aquela colina!"_disse o barão apontando para uma colina sem árvores acima das fazendas de gado.

Oleg olhou para seu filho adotivo e protegido, Kayron, e sorriu. Dois dias depois, Kayron procurava por Gaultak, Kristryd, Arathon, Venorik e Zanne nas ruas de Kelt.
Não foi difícil encontrar o enorme goliath pois seu nome era bem conhecido pelos veteranos das batalhas no vale de Dassanter, agora conhecido como o Vale Negro. Gaultak estava na taverna Espada & Cantil, comendo um grande pedaço de pernil quando Kayron sentou-se à mesa.
Os dois amigos conversaram um pouco e puseram em dia as novidades. Gaultak contou que havia passado o inverno lutando nas montanhas ao lado dos exércitos do rei de Karmadon. Kristryd havia ido com ele e havia derrotado muitos orcs. Ela agora era conhecida como Kristryd Flagelo dos Orcs e era aclamada por muitos dos jovens soldados de Kelt que haviam lutado ao seu lado. Gaultak agora tinha muitas cicatrizes de batalha e havia matado dezenas de orcs nas montanhas.

Depois de quase uma hora de conversa, Kristryd chegou. Os três conversaram por algum tempo até que Kayron lhes contou a respeito do verme púrpura que estava atacando as fazendas. Gaultak sugeriu procurarem por Venorik no Fosso, o bairro sujo e escuro na cidade baixa. Juntos, os três aventureiros rumaram para o emaranhado de ruelas escuras e esgotos a céu aberto.

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Venorik entrou no beco, esperando perder seus perseguidores de vista. Escondeu-se nas sombras, atrás de uma carroça arruinada. Esperou por alguns minutos e viu cinco vultos passarem direto pela rua principal. Ficou quieto por mais uns minutos e levantou-se, ainda ofegante depois da perseguição. Subitamente, um vulto caiu sem fazer ruído diante de Venorik. Era uma mulher e a graça com que pousara no châo de pedra do beco espantou até mesmo o drow, que costumava mover-se tão agilmente quanto a jovem ruiva à sua frente. Era uma humana linda. Tinha olhos verdes e lábios carnudos. Seus cabelos longos e levemente cacheados eram de um vermelho intenso e vestia uma armadura de couro negra com detalhes vermelho-sangue. A mulher sorriu e falou num tom suave e extremamente sensual.

_"Você sabe quem eu sou, drowzinho?"

Venorik ficou calado, enquanto invocava várias adagas que deixavam seus braceletes mágicos e apareciam em suas mãos.

_"Sabe também que não têm chances contra mim. Não é?"_continuou a mulher

Venorik arremessou as adagas contra ela mas a ruiva esquivou-se com uma agilidade felina. Ela saltou para o lado, dando cambalhotas e arremessou diversas adagas contra o drow. Este esquivou-se da maioria mas uma atingiu-o na perna. Era um ferimento leve mas ardia muito.
O jovem drow reconheceu o tipo de veneno que Safira Adagavermelha havia usado. Veneno de aranha.
Lentamente, Venorik caiu inconsciente, enquanto a ruiva sorria para ele gentilmente.

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Gaultak, Kayron e Kristryd chegaram ao Fosso e perguntaram pelas ruas por Venorik. Quando entraram na arena onde o drow costumava apostar, foram abordados por um homem alto e magro, vestindo uma armadura de couro e trazendo uma espada longa na cintura.

_"Procuram pelo caloteiro?"_disse o homem
_"Venorik é nosso amigo e estamos procrurando por ele."_respondeu Gaultak encarando-o
_"Ele está conosco. Podem tê-lo de volta mas terão que pagar por ele e pela dívida dele."
_"Dívida?Quem é você?"_disse Kristryd irritada.

_"Sou um mero intermediador, anã. Vamos entregar o drow nojento a vocês mas vocês terão que pagar a dívida dele ou fazer um pequeno favor a nossa organização."

Relutantes, os aventureiros seguiram o homem pela taverna escura e foram conduzidos por um corredor guardado por dois enormes dragonborns. O corredor era mal iluminado e no fim, uma porta de metal bloqueava a passagem. O homem bateu cinco vezes na porta e uma portinhola se abriu e um par de olhos puderam ser vistos na escuridão. O homem alto sussurrou alguma coisa numa língua estranha aos heróis e a portinhola se fechou novamente. Minutos depois, a porta abriu-se e os aventureiros foram levados até uma sala onde nenhuma luz brilhava. As trevas eram densas e somente a voz de seu guía era ouvida pelos aventureiros.

Subitamente, as trevas mágicas foram desfeitas e os heróis estavam numa sala grande, cercados por homens armados com bestas e adagas. As armas estavam apontadas para o grupo. À frente deles, um homem baixo e gorducho sorria. Ao seu lado, acorrentado e amordaçado estava Venorik, o drow.

_"Bem vindos! Bem vindos!"_disse o gordo._"Que bom que vieram, Gaultak, Kristryd e Kayron!"
_"Como sabe nossos nomes?"_Perguntou Kristryd
_"Tenho meus meios, senhora."_respondeu ele_"E meus meios não são de sua conta. Muito bem meus caros. Vamos aos negócios, sim? Este drow infeliz deve à nossa organização a quantia de cem mil moedas de ouro. Porém, como ele fugiu da cidade meses atrás para viajar com vocês, o valor duplicou. Querem ele vivo? Paguem a dívida ou..."
_"Ou?"_perguntou Gaultak
_"Ou façam um pequeno favor à nossa organização e a dívida dele será perdoada."_respondeu sorrindo o gorducho

Por alguns instantes os aventureiros pensaram e então Gaultak pergunto: _"Que favor?"

Horas depois os aventureiros chegavam até as fazendas onde o verme púpura havia sido visto. Eles haviam decidido resolver esse problema primeiro, visto que um fazendeiro havia chegado ao templo de Pelor com a notícia de que o pobre Cedrik havia sido devorado pelo monstro. Kayron pediu aos fazendeiros uma vaca para ser usada como isca, uma vez que Gaultak havia seguido alguns sinais da passagem da criatura.
O grupo ficou esperando numa colina plana. Kayron segurava a vaca com uma corda e todos esperavam inquietos o aparecimento do monstro. Subitamente, na escuridão um eladrin apareceu. Estava bem vestido, com um longo manto azul escuro e portava um cajado branco. Ele notou os aventureiros e sorriu gentilmente. Nesse instante a terra tremeu e o verme púrpura apareceu, arremessando terra e pedras para todos os lados. Ele atacou Gaultak, agarrando-o com suas poderosas mandíbulas e levantando-o a muitos metros do chão. Os aventureiros, ajudados pelo eladrin mago conseguiram derrotar a criatura que resistiu por um bom tempo mesmo sendo atacada por todos os lados. Quando o monstro recebeu o último golpe, desferido por Venorik, caiu ruidosamente, fazendo a trerra tremer. Os heróis recuperavam-se do combate quando o eladrin aproximou-se do grupo e falou sorrindo.

_"Boa noite meus caros. Meu nome é Yurick. Posso ajudá-los com alguma coisa?"


Fim da Parte I

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Notícias: Darksun vem aí! Olé olé olá!

Um dos cenários de maior sucesso durante o reinado do Advanced Dungeons & Dragons finalmente retornará em 2010. Atendendo a inúmeros pedidos durante toda a existência da 3° edição e da 3.5, a Wizards anunciou HOJE (14/08/2009) que Darksun será lançado em 2010 para a 4° Edição.
Para quem não conhece, Darksun é um mundo árido, brutal e perigoso com gigantescos desertos, tribos de elfos nômades, bandos de halflings canibais, arenas de gladiadores, raças bizarras, poderes psiónicos e magos nada queridos. O mundo se chama Athas e a magia drena a força vital, criando os enormes desertos. É um mundo onde realmente só os mais fortes sobrevivem.

Vários detalhes serão reformulados para poder encaixar o estilo de Darksun na 4° Edição, mantendo a idéia de armaduras de couro ou arumadura alguma e armas toscas de osso, madeira e metal sem nenhum glamour.

Segue a entrevista e a matéria completa direto do site da Wizards!


Finalmente!!!


domingo, 9 de agosto de 2009

Notícias: Quarto RPG Itinerante - Resumo da Ópera

No último sábado 08/08 tivemos nosso quarto e bem sucedido RPG Itinerante. Não foram tantas pessoas quanto esperávamos mas o grupo D30 DF estava lá e tivemos mesas de jogo bastante variadas.
Logo de manhã, uma mesa bastante divertida do sistema Daemon, ambientada no universo de Resident Evil. O pessoal curtiu bastante.
Minha mesa de Star Wars Saga Edition atrasou um pouco mas tivemos 3 jedi e 2 contrabandistas bem engraçados. O grupo curtiu mesmo eu não tendo 100% das regras na cabeça hehehe... Foi bem legal.


Paradinha pro almoço com direito a uma Bomba Atômica (sanduiche monstro!) e muita Coca-Cola.

Perto das 15:00 voltamos ao salão e o nosso caro Valberto estava mestrando Mutantes e Malfeitores (Mutants & Masterminds). Haviam mais 3 vagas e estava só no início. Foi uma aventura muito divertida com personagens dos Novos Titãs, Liga da Justiça e outros do Universo DC.
Eu mesmo era o Robin (Tim Drake). Estavam presentes na mesa o Asa Noturna, Estelar, Mutano, Superboy, Arqueiro Verde e Canário Negro (que depois saiu da mesa hehehe).
Enfrentamos uma ameaça vinda direto dos lacaios de Darkseid e no fim tivemos que enfrentar Batman, Coringa e Superman em pessoa (dominados por trajes toscos de Apocolips)!

No fim, derrotamos o grupo. Mas quem derrotou o Super foi nada mais e nada menos que o Menino Prodígio! Foi hilário! O Superman derrotado por uma granada de gás sonífero, logo depois de derrubar o Superboy que era o único que dava dentro na porrada com ele.

Enquanto isso havia também uma boa mesa de Tormenta logo ao lado e tivemos ainda uma mini-feira de livros usados.

Obrigado a todos que participaram e aguardem, logo teremos a data do próximo, além do D&D Gameday no dia 19/09!!!

abraços

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Artigos: Registre sua Campanha

Recentemente, um amigo me falou a respeito de um site interessante para registrar nossas campanhas de Dungeons & Dragons. O Obsidian Portal permite aos DM's criarem uma homepage/wiki onde é possível colocar desde o resumo de cada aventura da campanha até mapas, história, geografia e biografias dos PC's e NPC's.
O Obsidian também conta com foruns para falar a respeito de cada mundo criado.

Eu ainda estou aprendendo a mexer com esse troço mas me pareceu bem interessante. Divirtam-se!

Obsidian Portal

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Notícias: Quarto RPG Itinerante 08/08/09

Atenção RPGistas de Brasília, vocês já podem começar a preparar as fichas, tirar a poeira dos livros e separar os dados, pois o 4º RPG Itinerante está chegando. Após uma reunião o Grupo D30 já deixou a do data evento marcada . Esta edição de número 4 ocorrerá novamente no Guará I mas em um salão diferente. O local tem uma localização privilegiada, fica a aproximadamente 200 metros do Mc'Donalds do Guará I, conta com supermercado próximo, padaria, restaurantes e até uma pizzaria rodízio para quem quiser almoçar.

Esse salão é o melhor que o grupo D30 já conseguiu, tem uma ótima infra estrutura é super bem arejado, comporta até 90 pessoas folgado, além de contar com muitas mesas e cadeiras, fogão, frezer e banheiros masculino e feminino bem apresentáveis. Garantimos que desta vez não faltará espaço para quem quiser jogar. Conforme já vínhamos avisando antes, desta vez o evento será cobrado. Infelizmente o Grupo D30 não tem mais como arcar com todas as despesas dos eventos e este salão não foi barato. Então, com o intuito de melhorar o nosso evento e fazer com que possamos nos divertir num lugar melhor iremos cobrar o valor de R$ 3,00 para jogadores e R$ 2,00 para mestres.

Estamos fazendo a divulgação do evento com bastante antecedência para que você possa se programar, organizar seus horários e para que tenha tempo de combinar com seus amigos e levar toda a sua galera pra jogar.

Como também já é de praxe, pedimos que todos sejam camaradas e levem comes e bebes para compartilharmos no evento (nada de bebidas alcoólicas viu?). Para aqueles que não conhecem o Guará ou têm dificuldade de encontrar endereços, vamos disponibilizar um mapinha do local e marcaremos o caminho com o famoso papel higiênico, para que você não tenha desculpa de não ir para o evento.

Nesta edição estamos também com uma nova proposta: "Traga um novo amigo para o RPG".

Pedimos que todos os mestres e também aos jogadores que comparecerem ao evento, que tragam uma pessoa que nunca tenha jogado RPG para conhecer o jogo. Estamos querendo aumentar o número de pessoas que jogam RPG na Capital Federal e fazer com que olhem o nosso hobby com bons olhos. O evento não tem faixa etária e eu mesmo estou articulando para montar uma mesa mirim composta toda por jogadores abaixo dos 8 anos.

Pois então é isso galera, vamos nos mobilizar e participar, pois afinal de contas o Grupo D30 tem todo o trabalho de organizar esses eventos em prol do RPGIsta de Brasília visando reunir os RPGistas e fazer com essa galera se conheça.

O 4º RPG Itinerante será realizado no Guará I - QI 03 Bloco "T" - Salão de Festas.

Estaremos vendendo os ingressos antecipadamente à partir do dia 15/07/09, e também no dia do evento. À princípio disponibilizaremos 50 ingressos, caso a procura seja grande colocaremos mas alguns à venda. Quem quiser comprar o ingresso antecipadamente pode entrar em contato com o Grupo D30 por e-mail (rpgitinerante@gmail.com) e combinar um local para pegar.

Esperamos que todos compareçam e lotem o evento, pois afinal de conta tudo isso é pra nós, é pra vocês.

Rafael Thomaz - Grupo D30 RPG


Somente para reforçar:

QI 03, bloco "T" Salão de Festas - Guará I
Ingressos: R$3,00 para jogadores / R$2,00 para mestres
Contato: rpgitinerante@gmail.com

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dungeons & Dragons: Aventura 7 (05/07/09) - A Batalha de Dassanter

Já era noite quando os heróis chegaram à orla da Floresta das Aranhas. A travessia pela escuridão havia sido tranquila em sua maior parte, talvez devido à canção entoada por Zanne, a barda, ou quem sabe fosse apenas a sorte, que sorria para Kayron, Gaultak, Arathon, Kristryd, Zanne e Venorik.
Era possível vislumbrar parcialmente a lua, que brilhava alta sobre a copa das enormes árvores da antiga floresta. Venorik, que ia à frente, foi o primeiro a perceber a fogueira às margens do rio.
Fazendo sinal para que os demais ficassem em silêncio, o drow avançou entre as sombras e de um lugar seguro perscrutou o acampamento sobre o cascalho perto das águas calmas.

Ao redor de uma pequena fogueira, cinco orcs comiam e falavam com em sua língua. Um sexto orc vigiava de pé, ao lado do acampamento. Na margem oposta, a aldeia de Dassanter ainda emanava fumaça dos incêndios causados pelos invasores. Além disso, muitas tendas se espalhavam pelo lugar e orcs, goblins e ogros perambulavam carregando armamentos e víveres. Os dois grandes exércitos se haviam fundido e formavam uma horda vasta, de mais de mil criaturas.

Venorik voltou furtivamente até seus amigos e explicou o que havia visto. Por alguns minutos, os heróis argumentaram para decidir o que fazer. Por fim, decidiram atacar os vigias de forma rápida para que a horda não avistasse o combate.
Zanne e Kayron ficaram perto das árvores, usando os troncos como cobertura. Gaultak montou seu cavalo de batalha e se preparou para atacar. Kristryd ficou ao lado de Zanne e disse a Arathon que protegesse Kayron. Enquanto isso, uma sombra rastejava pelo cascalho, na direção dos orcs.

Usando as sombras e habiliade, Venorik esgueirou-se até os orcs, ficando a poucos passos deles sem ser visto, camuflado pelas sombras entre duas pedras. O drow esperou o melhor momento e então rolou para frente e agilmente ficou de pé. As braçadeiras de adagas infinitas brilharam em seus braços e seis adagas mágicas apareceram em suas mãos. Venorik arremessou as adagas e as lâminas atingiram os seis orcs, fazendo-os recuar cegos pelo ataque surpresa. Dois deles tentavam limpar o sangue que cobria seus olhos depois que as adagas cortaram suas testas. Nesse instante, Kristryd arremessou seu martelo de guerra contra o líder do bando, um orc grande com apenas um olho. O martelo atingiu em cheio o inimigo e logo reapareceu na mão direita da anã.
Zanne disparou seu arco com habilidade e Arathon avançou empunhando sua espada, enquanto Kayron lançava raios de luz solar contra os orcs. Gaultak cavalgou pelo cascalho e atingiu um dos orcs com ferocidade.
Em pouco tempo, os heróis derrotaram os orcs e rapidamente arrastaram os corpos para a floresta.

Um dos orcs foi deixado vivo para ser interrogado. Kayron, Gaultak e Kristryd deixaram Zanne, Venorik e Arathon com o orc, que estava amarrado a uma árvore.
Por um bom tempo, Zanne interrogou o orc e Venorik o manteve intimidado. Por um instante o drow perdeu a paciência e atacou o orc e, quando não havia mais o que descobrir a respeito da horda, o matou.

Os demais chegaram e Zanne se adiantou para dizer que a horda estava avançando para o castelo de Dassanter, para onde os sobreviventes do vale poderiam ter fugido depois do ataque. O grupo decidiu então atravessar o rio e viajar rapidamente até o castelo do conde.
Venorik usou a bolsa mágica em poder de Kristryd e uma parte do rio ficou congelada, criando uma passagem segura para eles.
Kayron e os outros foram para a outra margem e ficaram escondidos num pequeno bosque enquanto Venorik roubava alguns cavalos no estábulo da aldeia.
Logo os heróis cavalgavam sob o luar, em direção ao castelo, correndo contra o tempo. Atrás deles, o acampamento da horda ardia graças aos incêndios provocados por Venorik.

Ao chegarem ao castelo de Dassanter, os heróis foram recebidos pelos sobreviventes de Forja de Ferro e Dassanter. Os muros do pequeno castelo estavam apinhados de pessoas, mantimentos e animais. Os poucos soldados do conde dividiam lugar nas muralhas com os membros das milícias das aldeias e havia medo nos olhos das pessoas.
O grupo deixou os cavalos fora da torre e entrou no grande salão do conde que estava com as màos sobre uma grande mesa onde alguns blocos de madeira representavam o castelo e a horda vinda do rio. Ao seu lado, sua esposa observava calada enquanto os aventureiros entravam no salão.
Outros dois homens estavam perto do conde. Garrik, o capitão da guarda, olhava fixamente o "mapa"enquanto coçava a longa barba cinzenta. O outro homem era Corbin, o bárbaro que se unira aos heróis na floresta e depois desaparecera. Zanne sorriu e então percebeu a incrível semelhança entre Corbin e o conde Ormin. Eram claramente irmãos de sangue.

Os heróis foram bem recebidos, apesar da preocupação nos rostos do nobre e de seus companheiros. O plano do conde era simples, resistir à horda orc enquanto os refugiados eram evacuados por um antigo túnel sob o castelo, que os levaria em segurança até uma passagem nas montanhas do leste. Ele queria que Gaultak e seus amigos fossem com o povo do vale mas Kayron sugeriu que todos os combatentes fossem ao encontro dos orcs para enfrentar sua vanguarda e assim, alguns soldados poderiam retirar as pessoas do castelo muito antes da chegada da horda.

Depois de muita discussão, o conde Ormin decidiu levar seus homens para o campo de batalha. Eles lutariam contra os orcs e depois recuariam, retornando ao castelo. Kayron assegurou ao conde que ele e seus companheiros iriam à batalha e que Pelor iria ajudá-los.

Antes do amanhecer, um pequeno exército maltrapilho cruzou o portão do castelo. Eram milicianos dos vilarejos, um punhado de arqueiros, alguns soldados e aventureiros contratados. Kayron e Gaultak cavalgavam lado a lado enquanto Arathon Krystrid e Venorik os seguiam. Zanne motava um cavalo castanho e procurava por Corbin entre as parcas colunas de homens do vale. O conde surgiu ao lado de seu irmão, montando um cavalo de batalha branco. Usava uma armadura azul ornamentada e um elmo que lhe dava uma aparência de grandeza. Corbin cavalgava ao seu lado e, ao ver Zanne sorriu sutilmente.

O exército chegou a uma grande colina ao amanhecer. Pelor brilhava atrás deles, surgindo timidamente por entre as montanhas. Abaixo, na planície, uma enorme mancha negra avançava para encontrá-los. Os tambores e cornetas dos goblins e orcs soavam amedrontadores e vários homens do vale pensaram em fugir. Porém, o conde avançou adiante das fileiras de arqueiros e levantou sua espada. O que disse não foi ouvido por nenhum dos aventureiros mas os homens do vale gritaram empolgados em resposta. Arqueiros avançaram e dispararam contra a horda, fazendo algumas vítimas. Mais duas saraivadas de flechas caíram sobre os orcs e os urros de dor espalharam-se pelo campo.

Então, o lich surgiu...

A criatura estava sobre uma biga feita de ossos que era puxada por um cavalo morto-vivo. Ao redor do lich, um grupo de orcs avançava e um gigantesco ogro vinha logo atrás.
A biga fantasmagórica parou à frente da horda e a gargalhada funesta do lich ouviu-se por todos os lados, fazendo gelar o sangue dos homens do vale.

Corbin apeou e passou à frente dos lanceiros. Levantou seu escudo e sua espada e gritou por sangue. Depois gritou contra os orcs, usando a língua deles. O conde chamou sua cavalaria, pequena mas valorosa e então, um grupo de fazendeiros colocou em ação o plano de Venorik.
Quinze ou mais porcos bezuntados de óleo foram levados alguns metros adiante e foram tocados por tochas. Os animais ginchavam desesperados enquanto suas peles queimavam e correram em direção do exército orc. Em segundos, os porcos flamejantes quebraram a primeira linha orc, causando pânico.
Corbin urrou e correu, seguido pelos lanceiros do conde. A cavalaria atacou seguindo Ormin e então Gaultak empinou seu cavalo e cavalgou em direção ao lich e seus guardas. Os demais fizeram o mesmo.

Gaultak atacou o grande ogro mas foi derrubado do cavalo com um golpe do mangual triplo empunhado pelo monstro. Kristryd e Arathon avançaram, ficando sempre à frente de Zanne e Kayron. Por um bom tempo, os heróis tiveram dificuldade para vencer os orcs e o ogro, pois o lich atingiu uma área enorme com um feitiço terrível, causando dores terríveis em quem ficasse nas sombras geladas lançadas pela criatura.
Venorik corria a pé, atingindo os inimigos com suas adagas mágicas e Kayron usava a luz de Pelor de longe, ainda montado no cavalo. Zanne disparava e cantava uma canção de maldição, que fez com que os inimigos fossem atingidos com mais facilidade por Venorik.
Gaultak caiu em vários momentos e por pouco não morreu. Kristryd, no entanto, lutava em meio aos orcs, atingindo-os ferozmente com seu martelo. Venorik conseguiu esgueirar-se atrás do lich e começou a atacá-lo rapidamente, fazendo vários cortes profundos no corpo esquelético do monstro. Um dos cortes destruiu parte do joelho do lich e quando este tentou afastar-se, caiu ruidosamente sobre a relva do campo de batalha.

Gaultak, livre do ogro que quase o havia matado, rugiu como um urso e correu em direção ao lich, mesmo estando bastante ferido. Arathon o seguiu e logo ambos estavam lutando contra a criatura, ao lado de Venorik.
Apesar do drow ter causado a maior parte do dano ao inimigo, foi Gaultak, em sua fúria, que cortou a cabeça do monstro.

O crânio escuro do lich caiu rolando pelo chão, gargalhando. Então, os ossos e pertences do monstro viraram pó, deixando os heróis atônitos.

Por ordem de Corbin, os sobreviventes da batalha recuaram colina acima e Venorik gritou chamando os seus amigos. Os heróis e o pequeno exército do conde fugiram de volta ao castelo. O próprio conde, ferido por uma lança, era carregado por um de seus cavaleiros.

Horas depois, os sobreviventes se reuníam no castelo. A horda estava próxima e os refugiados já haviam deixado o lugar. Somente alguns poucos, incluindo a esposa e os dois filhos do conde, ainda estavam perto da entrada do túnel secreto.

Zanne queria ficar e ajudar os arqueiros na muralha mas Kristryd a arrastou sob protestos. Kayron fez uma prece silenciosa a Pelor e, levando um dos filhos do conde no colo entrou no túnel. Era inevitável, Ormin e seu irmão Corbin ficariam ao lado de seus homens, enfrentando os invasores para que o povo pudesse fugir em segurança.

"Não! Nós vamos ajudar! Tem que haver um jeito!"_Gritava Zanne

O conde Ormin olhou triste para os heróis, beijou sua esposa e seus filhos e disse em voz baixa: "Vão. Vão agora."

Zanne olhava para Corbin e continuava tentando soltar-se de Kristryd.

O conde olhou uma vez mais para os heróis e falou num tom autoritário: "Vão!"
Em seguida, quando estava quase fechando a porta de pedra do túnel, foi interrompido por Gaultak.

"Vamos vingar vocês. Vamos voltar e vingar vocês..."_disse o gigante cinzento

Enquanto seguiam pela escuridão do túnel, os heróis puderam ouvir o som de gritos e ordens sendo dadas pelo conde e seu irmão. Os últimos sobreviventes de Dassanter seguiram em silêncio com grande pesar em seus corações.
Quando a comitiva saiu do túnel, chegando a um pequeno vale oculto, os sobreviventes se reuniram. Zanne estava enfurecida. Soltou-se de Kristryd, empurrando a amiga e caminhou para longe dos outros.
A barda gritou e seu grito ecoou pelas montanhas. Depois caiu de joelhos, esmurrando o chão. Ninguém disse mais nada.

Quinze dias depois, o grande grupo de refugiados, protegido por alguns dos homens do conde e pelos aventureiros, chegou a Kelt.
Graças à influência da esposa do conde, os heróis foram recebidos pelo rei Varrim que disse que seus exércitos estavam contendo a horda no vale e que sentia pela morte do conde.

Dias depois, os aventureiros ainda lamentavam a perda de Dassanter e o sacrifício dos irmãos e de seus valorosos soldados.

Gaultak, Arathon e Kristryd decidiram dedicar seu tempo para aprimorar suas habilidades de combate. Venorik, que havia retornado a Kelt, desapareceu no Fosso, o bairro dominado pela escória da cidade, em busca de contatos e tentando manter-se oculto para os muitos inimigos que tinha em Kelt.
Kayron tornou-se recluso, passando seus dias nas bibliotecas dos templos e falando aos sacerdotes de Pelor a respeito do templo perdido na Floresta das Aranhas.
Zanne, despediu-se de seus amigos e partiu numa longa jornada, prometendo retornar em três meses ou mais.
No fim, os heróis acordaram reencontrar-se na cidade em seis meses.

A guerra estava começando no vale de Karmadon, assim como o inverno. E seria um longo e terrível inverno...